Do Mundo-Nipo com Agências
A conferência no Cairo sobre a reconstrução da Faixa de Gaza, depois que foi devastada em uma guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, garantiu US$ 5,4 bilhões em assistência ao território da Palestina.
“Os participantes se comprometeram com cerca de US$ 5,4 bilhões, dos quais metade irá para a reconstrução de Gaza, e a assistência será distribuída em resposta às necessidades diárias do povo palestino”, disse Borge Brende em comentários traduzidos para o árabe pela televisão estatal egípcia.
Organizada por Palestina, Egito e Noruega, a conferência internacional para obter fundos para a reconstrução da Faixa de Gaza aconteceu no domingo (12). Estiveram presentes representantes de mais de 60 países e territórios. Entre os participantes, estavam o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o vice-chanceler do Japão, Yasuhide Nakayama, que havia declarado momentos antes de sua partida para a conferência que o governo japonês estava disposto a contribuir com US$ 20 milhões.
A União Europeia (UE) e os Estados Unidos prometeram US$ 568 milhões (R$ 1,3 bilhão) e US$ 212 milhões (R$ 513 milhões), respectivamente.
Em comunicado, o número dois do grupo e ex-primeiro-ministro do governo na faixa, Ismail Haniyeh, afirmou que foi aceita pela primeira vez a assistência internacional e ressaltou que “infelizmente Gaza nunca recebeu o dinheiro prometido para a reconstrução nas duas conferências anteriores”.
O conflito na Faixa de Gaza começou em julho deste ano e durou 50 dias. O saldo de mortos foi de mais de 2,1 mil palestinos na região, vítimas de bombardeios aéreos e outros ataques realizados por forças israelenses.
Do lado de Israel, cerca de 70 pessoas morreram, a maioria soldados. Em agosto, ambos os lados concordaram com um cessar-fogo que pôs fim ao conflito.
Estima-se que mais de 18 mil casas tenham sido destruídas em Gaza. Até agora, a remoção de escombros teve pouco progresso.
Israel vetou o envio de materiais de construção para a Faixa de Gaza, alegando que estes materiais poderiam ser utilizados para fins militares.
John Kerry, que afirmou que seu país está “completamente comprometido” com o reatamento das conversas porque o futuro da região demanda isso, ressaltou que o cessar-fogo durável não é substitutivo da paz, e considerou que esta é necessária para que Israel disponha de segurança, e que os palestinos tenham “um Estado e dignidade”.
“Com boa vontade se pode conseguir a paz, não só em Gaza, mas entre Israel e os palestinos e todos os países da região”, acrescentou o secretário em seu discurso.
(Com informações das adas agências AFP e Kyodo)
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