O posicionamento do governo do Japão diante do recente ataque de Israel ao Irã foi de condenação clara, com o primeiro-ministro do país, Shigeru Ishiba, classificando a ofensiva israelense contra alvos nucleares e militares iranianos como “totalmente intolerável” e “extremamente lamentável”. Ishiba afirmou ainda que o Japão está comprometido em colaborar com os demais integrantes do G7 para buscar a redução das tensões na região do Oriente Médio, segundo informações divulgadas pela agência Kyodo.
Durante entrevista coletiva concedida na sexta-feira (13), o premiê japonês ressaltou a importância de evitar quaisquer ações que possam acirrar ainda mais o cenário de instabilidade, mencionando não apenas a ofensiva israelense, mas também eventuais revides por parte do Irã, oque pode deflagrar mais uma guerra na região. Ishiba aproveitou para informar que irá apresentar a posição do Japão na próxima reunião do G7, agendada para ocorrer no Canadá, destacando a tradição de laços amistosos mantidos entre Tóquio e Teerã, especialmente em função da dependência energética japonesa do petróleo iraniano.
Preocupado com a segurança dos cidadãos diante do aumento das hostilidades, o Ministério das Relações Exteriores do Japão elevou o alerta de viagem ao Irã para o nível 3, recomendando o cancelamento de todas as visitas ao país. Aos japoneses que estão em regiões fronteiriças do Irã com Paquistão e Iraque, permanece o alerta máximo, equivalente ao nível 4, que sugere evacuação imediata. Estima-se que, nos últimos anos, aproximadamente 400 cidadãos japoneses residam em território iraniano, e o governo já orienta que considerem a possibilidade de saída em segurança. Medidas de precaução também foram ampliadas para Israel, que passou a ter alerta de nível 3 ou superior, devido ao risco de retaliações do Irã.
No mesmo dia dos alertas, Israel confirmou a realização de ataques contra diversos alvos militares e nucleares iranianos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou em vídeo que a ofensiva irá prosseguir “por quantos dias forem necessários” para eliminar possíveis ameaças. Analistas internacionais apontam o apoio dos Estados Unidos à operação de Israel, sendo os EUA parceiros estratégicos do Japão em assuntos de segurança.
O retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, em janeiro, trouxe novas tratativas com o Irã, a fim de conter o avanço nuclear do país, embora Teerã continue alegando fins pacíficos para seu programa atômico. O governo japonês, alinhado ao discurso diplomático, vem buscando equilíbrio entre as relações com Israel e outras nações do Oriente Médio. O ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, reafirmou em pronunciamento o compromisso do país com a paz e estabilidade da região, destacando a necessidade de máxima contenção por todas as partes envolvidas, e afirmou que medidas contínuas serão adotadas para garantir a segurança dos japoneses.
== Mundo-Nipo (MN)
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