Da agência EFE
Islamabad, 16 jan (EFE).- O Exército paquistanês anunciou nesta quarta-feira que apresentará um protesto pela morte, ontem à noite, de um de seus soldados por disparos de militares indianos na Caxemira, o quinto militar de um dos países a morrer em dez dias nessa disputada região.
Em comunicado, as Forças Armadas paquistanesas afirmaram que entrarão em contato por telefone com o lado indiano para “protestar energicamente pelas violações do cessar-fogo de ontem à noite”, quando morreu o militar identificado como Naik Ashraf.
De acordo com a informação oficial paquistanesa, o incidente aconteceu, sem provocação prévia, entre 22h e 23h locais nos setores de Hot Spring e Jandrot, próximos à Linha de Controle (LoC).
A LoC é a linha de cessar-fogo estipulada em 2003 e separa as zonas da Caxemira controladas respectivamente por Índia e Paquistão.
Esse novo incidente se soma a outros que desde o início do ano vêm sendo protagonizados por ambos os Exércitos na região, dividida desde 1947 entre as duas potências nucleares, que travaram duas guerras e vários conflitos menores por sua soberania.
Entre os dias 6 e 10 de janeiro, houve pelo menos três enfrentamentos na Caxemira, nos quais perderam a vida quatro militares, dois de cada lado.
Na segunda-feira passada, comandantes militares de ambos os lados se reuniram em um posto fronteiriço na Caxemira para abordar os incidentes ocorridos, embora não tenha sido detalhado o que foi falado no encontro.
Há poucos dias, as autoridades paquistanesas se mostraram dispostas a deixar a investigação sobre as violações do acordo fronteiriço a cargo do Grupo de Observadores Militares das Nações Unidas.
No entanto, um dos pesos pesados do Governo indiano, o ministro das Finanças, P. Chidambaram, descartou na semana passada essa possibilidade. EFE
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