Da agência EFE
Argélia, 17 jan (EFE).- O Exército da Argélia pôs fim à operação para libertar os trabalhadores argelinos e dezenas de estrangeiros que um grupo terrorista salafista sequestrou em um campo de gás, segundo fontes oficiais citadas pela agência estatal.
A fonte não ofereceu mais detalhes sobre a operação realizada nesta quinta-feira pelo Exército, nem em particular sobre possíveis números de vítimas.
Na operação foram resgatados 600 argelinos e quatro estrangeiros, segundo as fontes.
O ataque ao campo (explorado pela estatal argelina Sonatrach, a britânica BP e a norueguesa Statoil) e o sequestro foram reivindicados por um grupo denominado “Signatários com Sangue”, pertencente à denominada “Brigada dos Mascarados”, dirigida pelo argelino Mojtar Belmojtar, que então se desvinculou do grupo terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).
O grupo de Belmojtar disse que a ação é a resposta ao apoio argelino às tropas francesas que desde a sexta-feira passada combatem junto ao Exército malinês contra os grupos jihadistas que controlam as províncias setentrionais do Mali.
Anteriormente, os jihadistas haviam declarado que 35 sequestrados e 15 sequestradores morreram em um bombardeio que o Exército argelino efetuou hoje contra o campo de gás quando os terroristas tentavam transportar parte dos reféns a um lugar mais seguro.
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No entanto, o Governo de Argel não fez comentários sobre estes dados e não informou em nenhum momento sobre eventuais vítimas, além do argelino e do britânico que morreram ontem durante o ataque, que deixou outros seis feridos.
Em dezembro, tanto Belmojtar como o máximo lider da AQMI, Abdelmalek Drukdal, conhecido como Abu Musab Abuludud, ameaçaram lançar ataques contra os países que participassem de uma eventual intervenção militar contra os grupos salafistas estabelecidos no norte do Mali.
Estas ameaças parecem ter se cumprido e países como França e Espanha já solicitaram a seus cidadãos “extremar a vigilância e a prudência” pelos “possíveis efeitos sobre a segurança” que possam derivar da intervenção no Mali. EFE.
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