Do Mundo-Nipo com Agências
O governo japonês condenou as manobras militares feitas com fogo real pela Coreia do Sul nas ilhas Takeshima (Dokdo, em coreano), cuja soberania é disputada por Tóquio e Seul, informou nesta sexta-feira a emissora pública ‘NHK’.
“Estes exercícios são lamentáveis. A postura do Japão é que Takeshima é nosso território e mediante a isso não podemos tolerá-los”, disse hoje em declarações divulgadas pela “NHK” o ministro das Relações Exteriores, Fumio Kishida, após o início das manobras.
Seul comunicou a Tóquio no último dia 11 que realizaria os exercícios em uma zona marítima ao sudoeste do arquipélago disputado, uma porção que também é reivindicada pelo Japão como parte de seus mares territoriais.
Na quinta-feira (19), o ministro porta-voz do Japão, Yoshihide Suga, pediu ao governo norte-coreano que cancelasse tais manobras, uma solicitação que foi desprezada hoje pelo Ministério da Defesa sul-coreano.
“Os exercícios militares para a defesa da República de Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] não estão sujeitos a nenhuma reivindicação ou interferência externa, por isso as manobras já estão sendo realizadas conforme o previsto”, explicou Wi Yong Seop, porta-voz do Ministério da Defesa, em entrevista à Agência Kyodo.
Wi também insistiu que são manobras ordinárias com fogo real e que as reivindicações territoriais japonesas não têm base.
As duas ilhotas e 35 rochedos que compõem os Rochedos de Liancourt (nome geográfico de Takeshima/Dokdo) estão no Mar do Japão, em um ponto intermediário, a pouco mais de 200 quilômetros da ilha principal do arquipélago japonês e da península coreana.
O território total do conjunto de ilhotas e rochedos é de apenas 0,2 quilômetros quadrados e dois idosos sul-coreanos são os únicos habitantes do arquipélago. Os dois são protegidos por um destacamento da Guarda Costeira destinado ali por Seul, desde 1954.
A disputa diplomática entre a Coreia do Sul e o Japão se agravou em 2012, por causa da visita, sem precedentes, feita pelo então presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, às ilhas.
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