O Japão acionou caças contra aeronaves invasoras chinesas em seu espaço aéreo por mais de 200 vezes no primeiro semestre do ano fiscal de 2015, informou o governo do país nesta terça-feira (20), indicando que o número atingiu alta recorde para o período de abril-setembro.
Entre abril e setembro, caças da Força Aérea de Autodefesa Japonesa (ASDF, Air Self-Defense Force) realizaram 231 decolagens de emergência em resposta a possíveis incursões territoriais por aeronaves estrangeiras, o que representa uma alta de 30% em relação ao mesmo período de 2014.
Além disso, é a primeira vez que o número superou a marca de 200 decolagens de interceptação a aeronaves chinesas num período de seis meses, de acordo com o relatório anual do Ministério da Defesa.
O relatório aponta que a maioria dos casos ocorreu nas zonas do Mar da China Oriental e na zona que separa as ilhas de Okinawa e Miyako, no extremo sul do arquipélago japonês. Tóquio reforçou a vigilância das atividades aéreas do país vizinho no Mar da China Oriental perante o reacender da disputa com Pequim pela soberania das ilhas Senkaku (Diaoyu, em chinês), administradas por Tóquio.
As incursões chinesas entre a ilha de Miyako e à ilha principal de Okinawa, que são próximas ao pequeno arquipélago em disputa, têm aumentado desde que o governo japonês nacionalizou as ilhas Senkaku, em setembro de 2012.
Tóquio diz que “as ilhas são território inerente do Japão e não há questão territorial a ser resolvida”, apesar das insistentes reivindicações por parte de China e Taiwan.
Fontes: Agência Kyodo | NHK News.
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