Da agência EFE
(Atualização)
Nações Unidas, 22 jan (EFE).- O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade nesta terça-feira a imposição de novas punições contra a Coreia do Norte devido ao lançamento de um foguete de longo alcance pelo país em dezembro.
Os 15 membros do Conselho ordenaram o congelamento dos ativos do Comitê Coreano de Tecnologia Espacial, encarregado do lançamento, e de outros organismos locais, assim como restrições de viagem para fora do território nacional.
A Coreia do Norte lançou em 12 de dezembro um foguete de longo alcance Unha-3, que aparentemente conseguiu pôr em órbita pela primeira vez em sua história um satélite de observação. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul tentavam então que a ONU reforçasse as sanções contra Pyongyang.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou as novas punições do Conselho de Segurança e destacou que, ao falar com uma voz única, os 15 membros reafirmam que a busca de armas nucleares é inaceitável para a comunidade internacional.
O diplomata sul-coreano pediu a Pyongyang que respeite todas as resoluções do Conselho e evite novos passos que possam, em sua opinião, “exacerbar as tensões na península de Coreia, incluindo novos lançamentos ou testes nucleares”.
Por fim, Ban reiterou o diálogo como única via para conseguir uma península de Coreia sem armas nucleares e uma paz duradoura na região, e convocou todas as partes a retomar as conversas de seis lados.
O Conselho ordenou também o congelamento dos ativos do Bank of East Land, que presta apoio à exportadora de armas Green Pine, e da mineradora Korea Mining Development Trading Corp (Komid), responsável pela metade das armas exportadas pela Coreia do Norte, entre outros.
Além disso, o principal órgão de decisão da ONU proibiu o direito de viajar de Chang-Ho, funcionário superior e chefe do centro de controle de satélites do comitê, e Chang Myong-Chin, gerente geral da estação de lançamento de satélites Sohae.
A proibição também afeta Ra Ky’ong-su e Kwang-il, dois funcionários do Tanchon Commercial Bank (TCB), que financia as atividades da Komid, e Kwang-il, segundo o texto da resolução aprovado nesta terça-feira.
O Conselho voltou a criticar o lançamento do foguete e exigiu ao regime de Pyongyang que não realize novos lançamentos usando tecnologia de mísseis balísticos e que abandone seus programas nucleares de maneira “completa, verificável e irreversível”.
Além disso, reafirmou seu desejo de encontrar uma solução “pacifica, diplomática e política”, comemorou os esforços mediadores que estão sendo feitos e sublinhou a necessidade de evitar toda ação que possa agravar as tensões na região.
EUA e Coreia do Sul argumentam que esse projeto espacial encobre um teste ilegal de mísseis balísticos e que o foguete era na realidade um projétil derivado de seu míssil de longo alcance Taepodong-2, com capacidade para alcançar o território americano.
O lançamento do foguete em dezembro recebeu a condenação de uma grande parte da comunidade internacional, incluindo a China, o principal aliado do regime norte-coreano agora liderado por Kim Jong-un. EFE
Veja mais notícias sobre Política em mundo-nipo.com/politica. Siga o Mundo-Nipo no Twitter e Facebook.
Agência EFE – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem a autorização prévia por escrito da Agência EFE S/A.
Descubra mais sobre Mundo-Nipo
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.