Da agência EFE
Tóquio, 26 dez (EFE).- , dez dias depois que seu partido, o Liberal-Democrata (PLD), se consagrou como o grande vencedor das últimas eleições gerais antecipadas.
Abe, de 58 anos e que já foi primeiro-ministro do Japão entre setembro de 2006 e setembro de 2007, tomará posse hoje em uma sessão parlamentar extraordinária, onde deverá apresentar a composição de seu gabinete.
Abe, que será o sétimo primeiro-ministro a governar Japão nos últimos seis anos, chega para suceder Yoshihiko Noda, cujo gabinete foi renunciado no começo desta manhã para permitir a posse do novo primeiro-ministro, que chega com a prioridade de impulsionar a economia do país, à beira da recessão técnica.
Neste sentido, a imprensa local aponta que o posto de ministro das Finanças será ocupado pelo ex-primeiro-ministro Taro Aso, que já teve que lidar com a crise financeira de 2008-2009, quando aprovou delicadas medidas de estímulo econômico.
Antes de assumir o cargo, Abe já havia antecipado que seu governo impulsionará e favorecerá uma política de flexibilização monetária agressiva, além de votar a investir em infraestruturas para conseguir a meta de situar a inflação – em torno de 0% atualmente – em 2% e alcançar um ritmo de crescimento de 3% por ano.
Segundo os analistas locais, para conseguir implementar suas medidas de estímulo de maneira efetiva, Aso, de 72 anos, também ocupará o cargo de vice-primeiro-ministro e ministro de Assuntos Financeiros.
Além do novo ministro das Finanças, Abe também deverá anunciar a criação de um novo Ministério, o de Revitalização Econômica, que presumivelmente será liderado por Akira Amari, que, por sua vez, já ocupou o cargo de ministro da Indústria.
A pasta de Economia, Comércio e Indústria, deverá ficar com Toshimitsu Motegi, que chega com a missão de resolver a questão da política energética, um assunto que ganhou bastante evidência no país após o acidente nuclear na usina de Fukushima em 2011.
Para o posto de ministro da Defesa, todos os olhares apontam para Itsunori Onodera, de 52 anos, que já fez parte do Ministério das Relações Exteriores em 2004 e 2007.
Já o Ministério das Relações Exteriores, que deverá buscar uma solução para o conflito com a China, relacionado com a soberania das Ilhas Senkaku/Diaoyu, e reforçar a aliança com os EUA, Abe pode anunciar o nome de Fumio Kishida, ex-ministro de Estado para assuntos relacionados às ilhas de Okinawa. EFE
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