Obama pede desculpas a Abe por espionagem dos EUA ao Japão

Obama e Abe, que conversaram hoje por telefone, discutiram ainda sobre segurança global, economia e comércio.

Do Mundo-Nipo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu desculpas formais ao primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em relação à denúncia do site WikiLeaks, que acusou Washington de espionar políticos e executivos de empresas japonesas, informou nesta quarta-feira (26) a emissora pública japonesa “NHK”.

O Chefe de Gabinete e porta-voz do governo, Yoshihide Suga, informou que Obama teve uma conversa telefônica com o primeiro-ministro Shinzo Abe, nesta quarta-feira. De acordo com Suga, os dois governantes concordaram em trabalhar de maneira conjuntamente em temas econômicos.

Ambos os líderes se falaram por telefone por cerca de 40 minutos, a partir das 9h30 de quarta-feira, horário do Japão. O lado americano propôs a realização da conversa, de acordo com a “NHK”.

“O presidente Obama disse que sentia muito, já que este caso provocou um grande debate no Japão”, afirmou o porta-voz à imprensa, mas sem confirmar as acusações de espionagem.

Suga reiterou que o primeiro-ministro japonês afirmou estar seriamente preocupado pelo caso, e pediu ao líder norte-americano que investigue a suposta espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional (NSA, a sigla em inglês) ao governo de Tóquio e a várias entidades e empresas japonesas.

No mês passado, WikiLeaks informou que a Agência Nacional de Segurança (NSA) americana espionou o Japão, uma acusação que foi divulgada depois que o site também denunciou escutas similares contra países como Alemanha e França. A reação de Tóquio, no entanto, foi considerada como moderada em comparação aos protestos de dos governos de outros países espionados.

Na conversa telefônica, Abe e Obama acolheram de bom grado as notícias de que as Coreias do Sul e do Norte chegaram a um acordo sobre medidas para minimizar as tensões. Segundo o acordo fechado na terça-feira, o lado norte-coreano concordou em suspender o “estado de quase guerra” para áreas fronteiriças declarado na semana passada.

Os líderes da primeira e terceira economia mundial concordaram em coordenar suas políticas voltadas a Pyongyang, bem como abordagens de questões globais. Segundo a “NHK,” tais questões incluem quedas vertiginosas nos mercados acionários globais, desencadeadas pelas preocupações com a possível desaceleração da economia chinesa.

Outra questão abordada foi a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas marcada para dezembro, conforme noticiou a emissora estatal japonesa.

Eles concordaram ainda em promover esforços conjuntos visando concluir o quanto antes as conversações do acordo de livre-comércio, conhecido como Parceria Transpacífico (TPP), além de impulsionar a aliança bilateral.

O Japão é um dos sócios mais importantes de Washington na região Ásia-Pacífico e os dois países cooperam regularmente nas áreas de Defesa, Economia e Comércio.

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