Da agência EFE
Seul, 30 jan (EFE).- A Coreia do Norte arremeteu novamente contra os Estados Unidos nesta quarta-feira, a quem acusou de “monopolizar a hegemonia mundial das armas nucleares”, e lançou a ameaça de uma “dissuasão nuclear em defesa própria” perante as “hostilidades” de Washington.
“Quanto mais hostilidade buscarem os EUA, mais forte será o elemento de dissuasão nuclear da Coreia do Norte em defesa própria”, assinalou a agência de notícias do regime, a “KCNA”.
O país comunista destacou que os EUA tentam “dominar o campo das armas estratégicas” e acusou Washington de “intensificar os preparativos para uma guerra nuclear” sob o pretexto das ameaças norte-coreanas.
O novo comunicado se produz cerca de uma semana após a Coreia do Norte ter anunciado a intenção de realizar um novo teste nuclear, como resposta às novas sanções anunciadas pela ONU por conta do lançamento de um foguete de longo alcance em dezembro.
Pyongyang advertiu ainda que esse teste, que seguirá os realizados em 2006 e 2009, será “de maior nível”, enquanto anunciou a intenção de prosseguir com o lançamento de satélites e mísseis de longo alcance.
No comunicado desta quarta-feira, Pyongyang aponta os EUA como o “cérebro” das novas sanções, contra as quais o regime do jovem líder Kim Jong-un anunciou “grandes medidas de Estado”.
Coreia do Sul, Japão e EUA expressaram sua preocupação com a possibilidade de o país comunista produzir um teste nuclear a qualquer momento. Por isso, Seul mantém em alerta uma unidade do seu Instituto de Geologia para comprovar, através de movimentos sísmicos, o momento e o local da explosão.
Segundo informou nesta quarta-feira a Inteligência sul-coreana, foi detectado “um aumento no fluxo de veículos e pessoal na base de Punggye-ri (nordeste da Coreia do Norte), mas não há sinais da instalação de novos equipamentos”.
Esses movimentos podem indicar que a detonação não acontecerá em um futuro imediato, embora outras fontes sul-coreanas considerem que as unidades necessárias para o novo teste já se encontram preparadas. EFE
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