Yasujiro Ozu, um dos grandes diretores do cinema mundial, será homenageado na mostra “50 anos sem Ozu”, que começa nesta quarta-feira (18), no Auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.
A mostra, que é realizada pelo MIS em parceria com a Fundação Japão, irá exibir filmes realizados entre as décadas de 1930 e 60, todos em película, compondo uma programação pensada em homenagear os cinquenta anos da morte do grandioso Yasujiro Ozu.
A programação inclui algumas das principais obras de Ozu, como Filho Único, de 1936, seu primeiro trabalho sonoro e o penúltimo produzido por Ozu antes de servir ao exército na Segunda Guerra Mundial. O filme narra a dura vida de uma mãe solteira na criação de seu único filho, em meio a uma economia de guerra e o fortalecimento do exército do imperador.
Também destaque na programação, Era uma vez em Tóquio (1953), filme que revela a ida de um casal do interior à capital, para uma visita aos filhos.
E assim são os filmes de Yasujiro Ozu, variações sobre os cotidianos de diferentes protagonistas, que por meio de pequenos gestos e emoções contidas, levam o espectador a uma grande reflexão. Do sofrimento silencioso das relações entre pais e fihos, Ozu leva ao público a arte oriental fundada em conceitos tradicionais.
Interessados em conhecer, ou relembrar, o universo tão particular e grandioso de Yasujiro Ozu devem comparecer ao MIS para retirar os ingressos, gratuitamente, uma hora antes do início das sessões.
Sobre Yasujiro Ozu
O dia 12 de dezembro é marcado pelo nascimento e também partida de um dos principais nomes do cinema japonês. Nascido em 1903, Yasujiro Ozu iniciou no cinema ainda mudo, no final dos anos 20. Espada da penitência, de 1927, foi o primeiro de uma longa série interrompida durante a Segunda Guerra Mundial.
“Eu só vou dar uma olhadinha na guerra”, escreveu em um cartão a um amigo. Neste período, O irmão da família toda foi premiado como melhor filme na votação anual de Kinema Jumpo, consagrando-o.
Com o fim da guerra, Ozu não apenas retornou ao Japão, mas também viu confirmada a estabilidade de sua posição na indústria cinematográfica. Recebeu, daí por diante, uma série de prêmios, incluindo os do Ministério da Educação, do Imperador e, por três anos consecutivos, agraciado pela Sociedade Nacional dos Artistas. Em 1959, foi o primeiro diretor eleito para a Academia Nacional de Arte.
Seu último filme, A Rotina tem seu encanto, veio em 1962, um ano antes de sua morte.
Embora inicialmente sua obra tenha sido considerada ‘muito oriental’ para exportação, pouco a pouco o olhar da crítica e público se abriu, até ser finalmente consagrado mundialmente. Hoje, seu nome é frequentemente citado junto aos melhores diretores de todos os tempos.
Recentemente, esteve nos três principais festivais de cinema mundiais. O Festival de Berlim foi aberto com a versão restaurada de Era uma vez em Tóquio, enquanto que outros dois clássicos, O Gosto do Saquê e Flor de Equinócio, foram exibidos, respectivamente, nos festivais de Cannes e de Veneza.
SERVIÇO
Mostra de Cinema – “50 anos sem Ozu”
Data: de 18 a 22 de dezembro de 2013
Local: Auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS)
Av. Europa, 158 – Jd. Europa
São Paulo – SP
Capacidade: 172 lugares
Ingressos: Gratuitos (sujeitos à lotação da sala – retirada com uma hora de antecedência na Recepção MIS)
Classificação: livre
PROGRAMA
18/12 (quarta-feira):
16h – Fim de Verão
18h30 – Filho Único
20h30 – Era uma vez em Tóquio
19/12 (quinta-feira):
16h – A Rotina tem seu Encanto
18h30 – Pai e Filha
20h30 – Fim de Verão
20/12 (sexta-feira):
16h – Filho Único
18h30 – Pai e Filha
20h30 – A Rotina tem seu Encanto
21/12 (sábado):
15h – Pai e Filha
17h – A Rotina tem seu Encanto
19h – Era uma vez em Tóquio
21h30 – Filho Único
22/12 (domingo):
15h – Era uma vez em Tóquio
17h30 – Filho Único
19h- Pai e Filha
Uma realização do Museu da Imagem e do Som (MIS) e da Fundação Japão em São Paulo (FJSP).
Fundação Japão em São Paulo
Tel.: (11) 3141-0110 / 3141-0843
Email: [email protected]
Site: www.fjsp.org.br
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