Do Mundo-Nipo
A população do Japão continua declinando, com o número de nascimentos atingindo novo recorde de baixa no país. De acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados na última quarta-feira, o número estimado de nascimentos no Japão caiu a 1,001 milhão em 2014, o que representa uma queda aproximada de 29 mil em relação ao ano anterior.
Trata-se do quarto ano consecutivo em que o Japão registra um recorde de queda. Além disso, o ministério ressalta que os dados recentes têm uma margem de erro aproximada em 1.000, o que significa que o número de nascidos em 2014 pode ser inferior à um milhão quando as estatísticas definitivas sobre a população do Japão forem publicadas em junho de 2015.
O número de mortes superou 1 milhão pelo 12º ano consecutivo. De acordo com os dados, o número estimado de pessoas que morreram em 2014 totalizou 1,269 milhão, um aumento de cerca de 1.000 em relação aos dados anteriores. Como resultado, o declínio natural da população, calculada mediante a dedução do número de mortes por nascimentos, chegou a um recorde de 268.000. As quatro principais causas de morte no país incluem câncer, doença cardíaca, pneumonia e doença cerebrovasculares.
Um porta-voz do ministério disse que “a tendência de queda no número de nascimentos é inevitável, já que o número de mulheres em idade reprodutiva está em declínio”.
Os dados do ministério apontam ainda que o número de nascidos, que atingiu mais de 2 milhões por ano na década de 1970, caiu para menos de 1,5 milhão em 1984 e abaixo de 1,1 milhão em 2005.
Já o número de pessoas que se casaram em 2014 chegou a 649.000, uma queda de cerca de 12.000 a partir de 2013, enquanto os casais divorciados somaram 222.000, uma queda em torno de 9.000.
Em média, no Japão, uma pessoa nasce a cada 32 segundos e uma pessoa morre a cada 25 segundos, enquanto que o índice de fecundidade é de 1,4 filho por mulher.
O envelhecimento da população é um grande desafio para as autoridades japonesas, que devem financiar as aposentadorias com um número em baixa de trabalhadores.
Em abril passado, o governo indicou que a população havia retrocedido pelo terceiro ano consecutivo a 127 milhões e que as pessoas com 65 anos ou mais representavam mais de um quarto da população.
Especialistas apontam que a principal razão para este fenômeno é econômica, além do déficit de infraestruturas e da falta de opções dos casais para deixar as crianças enquanto trabalham.
== Kyodo
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