Do Mundo-Nipo com Agências
O premiê japonês Shinzo Abe expressou sua intenção de organizar uma nova estratégia nacional de combate à doença denominada Demência, que inclui maior assistência aos seus portadores e promoção de pesquisas sobre prevenção, tratamento e até a cura da doença.
Abe discursou durante a Conferência Internacional sobre a Demência que teve início na quinta-feira (6), em Tóquio. Segundo ele, um em cada quatro japoneses idosos sofre de demência senil ou pode desenvolver a doença. Abe afirmou que “a criação de uma sociedade na qual pessoas portadoras da demência possam viver sem preocupações é um desafio dividido por países ao redor do mundo”.
A conferência na capital japonesa acontece cinco meses após o primeiro-ministro britânico, David Cameron, lançar o maior estudo mundial sobre demência senil. “A demência senil é, ao lado do câncer, um dos grandes inimigos da humanidade”, afirmou Cameron em uma coletiva de imprensa em Londres, em junho passado, acrescentando que a doença afeta 40 milhões de pessoas em todo o mundo.
Cameron pediu que os governos criem incentivos para pesquisas sobre a demência, que custaram à economia global US$ 604 bilhões em 2010, segundo a organização Alzheimer’s Disease International.
A Grã-Bretanha usou sua posição na presidência do G8 em 2013 para convocar uma conferência internacional sobre a demência, na qual especialistas estabeleceram como meta encontrar a cura para a doença até 2025.
Com base nisso, o premiê japonês disse ontem na conferência em Tóquio que o Japão, como o país que envelhece mais rapidamente no mundo, tem que “dar o exemplo de como tal problema pode ser resolvido por esforços através de toda uma sociedade”. Abe citou que seu país tem conseguido grande avanços em pesquisas sobre o Mal de Alzheimer, cuja forma é a mais habitual em portadores de demência.
O plano inicial de Abe visa criar centros exclusivos para o tratamento da demência, oferecendo assim uma maior assistência aos pacientes. Além disso, o premiê japonês demostrou intenção em financiar custos de pesquisas que busquem a cura para a doença, agindo em linha com seu homólogo britânico.
(Com informações da NHK News e das agências France Presse e Kyodo)
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