Morre, aos 88 anos anos, o maestro japonês Seiji Ozawa

Ozawa, que conduziu algumas das mais prestigiadas orquestras do mundo, era um dos mais talentosos maestros de sua geração.
Seiji Osawa regendo Orquestra de Viena em 2002 | Foto: Arquivo / Kyodo Images
Seiji Osawa regendo Orquestra de Viena em 2002 | Foto: Arquivo / Kyodo Images

O renomado maestro japonês Seiji Ozawa faleceu em sua residência em Tóquio, aos 88 anos de idade, vítima de insuficiência cardíaca. O gênio da música clássica morreu na última terça-feira (6), mas a divulgação de seu falecimento pelos veículos de comunicação do Japão aconteceu nesta sexta-feira (9). Sua partida deixa um vazio na música clássica mundial, onde ele conduziu orquestras de grande prestígio ao redor do globo, de acordo com a mídia japonesa.

Seiji Ozawa foi um embaixador da música erudita japonesa, semeando suas interpretações apaixonadas e precisas em palcos internacionais. Durante sua carreira, ele trabalhou com autores como Gustav Mahler e Igor Stravinsky, deixando uma marca indelével na história da música.

O maestro também enfrentou desafios pessoais. Nos últimos anos, lutou contra o Mal de Alzheimer, que o afastou dos palcos, mas a doença não diminuiu sua paixão pela música.

Gênio, simpático e despretensioso

Nascido na Manchúria, quando era uma província japonesa, Ozawa passou décadas na atmosfera rarefeita das principais orquestras do mundo, mas usava gravatas com tema de beisebol nas entrevistas e preferia ser chamado pelo primeiro nome, não por “maestro”.

Seu cabelo um tanto desgrenhado, sua humildade com o próprio talento, bem como seu sorriso espirituoso, encantavam o público.

O despretensioso Ozawa às vezes era visto nas plataformas do metrô vestido com uma jaqueta e um boné do seu amado time de beisebol Boston Red Sox e parava para conversar com admiradores.

“Sou o completo oposto de um gênio, sempre tive que me esforçar”, disse ele, em uma coletiva de imprensa em 2014.

“Qualquer pessoa com gênio pode facilmente fazer melhor do que eu”, completou o gênio modesto na coletiva.

Carreira de Seiji Ozawa 

Ozawa foi diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Boston entre 1976 e 1995, e posteriormente se tornou o principal regente da Ópera Estatal de Viena até 2010.

Em 1984, ao lado de Kazuyoshi Akiyama, fundou a Orquestra Saito Kinen, a primeira orquestra japonesa a alcançar prestígio internacional. Seu legado inclui um doutorado honorário pela Universidade de Harvard e o Grammy de Melhor Gravação de Ópera em 2016.

O mundo da música perdeu um gigante, mas suas interpretações e visões continuarão ecoando através das notas e acordes que ele tão habilmente conduziu. 

Seiji Ozawa expressou uma vez: “O sabor especial de um músico se revela com a idade”.

O velório do músico foi realizado em caráter privado, com apenas familiares próximos, informou o jornal Asahi Shimbun.

== Mundo-Nipo (MN)

Total
0
Shares
Previous Article
Cassino online refletido no óculos | ©Depositphotos

Publicidade de jogos de azar: a influência no comportamento do jogador

Next Article
Aplicativos 1xbet | Imagem: Edição Mundo-Nipo

Veja como adicionar o ícone do aplicativo 1xBet no seu celular

Related Posts