Do Mundo-Nipo
A população mulheres jovens em idade fértil no Japão sofrerá uma queda de mais de 50% até o ano de 2040, mostrou um relatório do Conselho da Política Japão (JPC, na sigla em inglês), divulgado na última quinta-feira.
Até o ano de 2040, a população de mulheres com idades entre 20 a 39 anos vai diminuir para menos da metade do que foi registrado em 2010, de acordo com o relatório, que abrangeu 896 das 1.800 cidades, vilas e aldeias em todo o Japão. O número representa 49,8% do total. Mulheres nessa faixa etária foram responsáveis por mais de 90% dos nascimentos em 2012.
Embora o Instituto Nacional estime que o êxodo nas áreas rurais do país, para localidades urbanas, se estabilize até 2020, o órgão também concluiu que um aumento na procura de cuidados médicos nas grandes cidades vai continuar a atrair populações no ritmo atual, de 60.000 a 80.000 pessoas por ano.
Segundo as estimativas do JPC, a perda de mais de 50% das mulheres jovens nos municípios pode dificultar a manutenção de alguns benefícios sociais, incluindo seguro saúde, juntamente com o emprego. “Isso significa que alguns municípios menores estarão em risco de perecer”, afirma.
Nanmoku, na província de Gunma, é um destes municípios em risco. O relatório aponta que Nanmoku terá a maior proporção de queda de mulheres jovens entre todas as localidades pesquisadas, com 89,9%.
O governo de Nanmoku espera frear o êxodo por meio de programas, que inclui a construção de residências para idosos que vivem em áreas remotas, bem como garantir empregos para os jovens.
O problema também se estende às capitais das províncias. É o caso de Aomori e Akita, que devem experimentar queda populacional bastante significativa, de 57,4% e 54,3%, respectivamente.
Hakodate, um importante destino turístico em Hokkaido, também deve sofrer uma queda populacional acentuada, de 60,6%.
No geral, mais de 80% das cidades em quatro províncias na região de Tohoku (Akita, Aomori, Iwate e Yamagata), e em Shimane, na região de Chugoku, devem perder mais de 50% de sua população de mulheres jovens. Destas, o declínio mais acentuado é esperado em Akita, onde todas as 25 cidades, com exceção da vila de Ogata, irão sofrer declínio.
A queda populacional tem acelerado pela saída constante de jovens das áreas rurais para as grandes cidades, como Tóquio, onde a taxa de natalidade é a mais baixa da nação, afirma a instituição.
O relatório enfatiza que é necessário estabelecer programas para frear a drástica queda, sugerindo três medidas:
Primeiro: Criar um sistema em que cada região no Japão tenha uma cidade atuando como ponto central de apoio e manutenção dos municípios.
Segundo: Favorecer com incentivos fiscais os residentes de áreas urbanas que se mudarem para áreas rurais.
Terceiro: Promover programas específicos para aumentar a taxa de natalidade do país, de 1,41 para 2,1 até 2035. Fonte: Jornal The Asahi Shimbun.
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