Japão cai em ranking dos melhores países para ser mãe

O relatório “State of the World’s Mothers 2014” aponta que o pequeno número de mulheres no cenário político japonês é o principal motivo da queda.

Do Mundo-Nipo

Um levantamento anual, realizado pela ONG Save the Children, em 178 países, revela que o Japão piorou sua posição no ranking de melhores países para mães criarem e terem seus filhos. Enquanto as primeiras colocações são amplamente ocupadas por países nórdicos, como a Finlândia, que figura no topo do ranking de 2014, mesma posição do ano anterior. Na outra ponta, países da África subsaariana são os mais difíceis para ser mãe.

 

Estado das Mães do Mundo 2014 (Foto: Reprodução/Save the Children)
O relatório “State of the World’s Mothers” (Estado das Mães do Mundo) é sempre divulgado em datas próximas ao “Dia das Mães” (Foto: Reprodução/Save the Children)

 

O relatório “State of the World’s Mothers 2014” (Estado das Mães do Mundo), que é sempre divulgado em datas próximas ao “Dia das Mães”, leva em consideração indicadores como a saúde materna, índices de mortalidade infantil, níveis educacionais de mulheres, economia estabilizada e a política de cada país. Os melhores países para ter e criar filho, portanto, são lugares que apresentaram pontuações máximas ou altas nesses fatores.

O Japão ocupa a 32ª posição no ranking deste ano, um lugar abaixo da classificação do ano passado. Entretanto, a entidade afirma que o Japão está entre os países com melhor saúde, nível educacional e status econômico de mães e crianças, mas o pequeno número de mulheres no cenário político é um obstáculo para que a voz feminina seja ouvida, o que tem levado a nação ocupar posições inferiores no ranking.

Já o Brasil melhorou a sua colocação em 2014, subindo duas posições, de 78º no ranking passado para figurar este ano como o 76º melhor lugar do mundo para a mulher viver, gerar e criar um filho.

O foco da 15º edição do relatório está em milhões de mulheres e crianças que vivem em comunidades frágeis assoladas por conflitos políticos e desastres naturais, destacando a luta diária de mulheres e crianças para sobreviverem nesses locais.

O relatório revela que mais de 60 milhões de mulheres e crianças estão precisando de assistência humanitária. Mais da metade das mortes de mães e crianças no mundo ocorrem em locais afetados por crises. “Ainda a assim a maioria destas mortes pode ser evitadas”​, destaca o relatório.

A Save the Children examinou as causas de mortes maternas e infantis em cenários de crise, e sugere medidas urgentes, necessárias para “apoiar as mães que estão levantando as futuras gerações do mundo sob as circunstâncias mais difíceis e terríveis que se possa imaginar”.

Um grande exemplo disso é a Somália, onde uma mulher tem chance superior a 30% de morrer de causas maternas – incluindo no parto. Enquanto na Finlândia, primeira colocada, o mesmo risco é de um em cada 12.200 mulheres, mesmo nível registrado no ano anterior.

Desde a primeira publicação deste relatório, em 2000, 28 países aparecem nos últimos dez lugares da classificação. Entre todos estes, apenas quatro não foram palco recentemente de conflitos armados e dezoito foram sacudidos de forma frequente por catástrofes naturais.

“A incapacidade de responder às necessidades básicas foi ao mesmo tempo causa e consequência em países como a República Centro-africana, Somália e Sudão. E as famílias mais pobres, essencialmente mulheres e seus filhos, têm tendência a ser os mais afetados por toda esta catástrofe, seja de origem natural ou provocada pelo homem”, destacou a Save the Children no relatório.

 

Confira alguns números do relatório 2014:

• Mais de 250 milhões de crianças menores de 5 anos vivem em países afetados por conflitos armados.

• As pessoas mais pobres são as que mais sofrem com as catástrofes naturais, representando cerca 95% das mortes em desastres ocorridos em países em desenvolvimento.

• 56% das mortes de mães e crianças acontecem em ambientes frágeis.

• No mundo todo, mulheres e crianças são até 14 vezes mais suscetíveis do que os homens de morrer em um desastre natural ou provocado pelo homem.

• A situação de refugiados dura 17 anos em média.

• Para cada pessoa morta diretamente em conflito armado, entre 3 a 15 morrem indiretamente de doenças, falta de assistência médica e de desnutrição.

• Em média, os países em conflito possuem menos da metade do número mínimo de profissionais de saúde recomendados.

 

Confira abaixo quais são os 10 melhores e piores países para ser mãe:

MELHORES PAÍSES        PIORES PAÍSES
1º Finlândia           169º Costa do Marfim
2º Noruega             170º Chade
3º Suécia              171º Nigéria
4º Islândia            172º Serra Leoa
5º Holanda             173º República Centro-Africana
6º Dinamarca           174º Guiné-Bissau
7º Espanha             175* República do Mali
8º Alemanha            175* Níger
9º *Austrália          177º República Democrática do Congo
9º *Bélgica            178º Somália

 

(Do Mundo-Nipo. As informações acima são, em seu total teor, extraídas do relatório “State of the World’s Mothers 2014”)

 


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