Do Mundo-Nipo
A Agência Nacional de Polícia do Japão informou nesta quinta-feira (13) que o número de suicídios de pessoas que foram afetadas pelo terremoto seguido de tsunami em março de 2011 subiu 54% no ano passado em relação a 2012.
Segundo os dados da agência, somente nas províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima, as mais afetadas pela catástrofe, ocorreram 37 suicídios relacionados com a tragédia. O número reflete um aumento de 13 suicídios a mais do que no ano anterior, de acordo com o balanço anual divulgado pela agência três dias depois do aniversário de três anos do fatídico terremoto.
Na região de Fukushima, onde está localizada a danificada usina Fukushima Daiichi, os suicídios vinculados pela polícia diretamente à tragédia aumentaram de 10 em 2012 para 23 em 2013. Miyagi registrou 10 suicídios, sete a mais do que no ano anterior, enquanto em Iwate ocorreram quatro, contra dois em 2012.
A agência relaciona os suicídios à catástrofe a partir de notas deixados pelos falecidos e de declarações de seus familiares, levando em conta também se viviam em alojamentos temporários ou eram pessoas envolvidas nos trabalhos de reconstrução.
Depois do acidente nuclear, considerado o pior desde Chernobyl, cerca de 200 mil pessoas foram desalojadas de localidades próximas à usina. Destas, cerca de 50 mil seguem sem poder voltar aos seus lares em um raio de entre 10 e 20 quilômetros no entorno do complexo nuclear.
Em todo Japão, aproximadamente 267 mil pessoas ainda moram em alojamentos temporários, mais da metade dos 470 mil que tiveram que ser evacuados há três anos em função do terremoto, do tsunami e do acidente nuclear.
No total, o terremoto e o tsunami causaram 15.884 mortes e deixaram 2.633 feridos, de acordo com os últimos dados da Agência Nacional de Polícia.
(Do Mundo-Nipo com Agência EFE e Agência Kyodo)
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