O Japão registrou 0,3 morte a cada 100 mil habitantes em 2012, o que o faz o país com a menor taxa de homicídio do mundo. Entretanto, este número contrasta com o de vítimas de violência doméstica. De acordo com a ONU, vítimas do sexo feminino constituem um número crescente em países com taxas de homicídio baixas, como é o caso do Japão, onde mulheres representam 50% dos casos.
Nos países desenvolvidos, a violência doméstica cometida por parceiros tem peso maior que a violência nas ruas.
Em toda a Ásia, 20,5% dos casos de homicídios foram cometidos por parceiros próximos à vítima. Mundialmente, 47% das mulheres morrem vítimas de membros da família, de maridos ou namorados.
Em 2005 e 2008, outra pesquisa constatou que mais de 10% das mulheres casadas sofreram “agressão física”, “assédio moral”, ameaças assustadoras” e/ou “coerção sexual” por seus parceiros em “muitas ocasiões”. Na mesma época, uma em cada 5 mulheres revelaram sofrer violência doméstica em “uma ou duas ocasiões”, o que indica que cerca de um terço das mulheres casadas japonesas já sofreram algum tipo de agressão dentro de casa.
Só em 2011, com número alarmantes, o Japão criou diversas leis específicas destinadas a proteger as mulheres, aumentando o número de casos relatados para 46% no mesmo ano.
A lei de “violência doméstica” foi introduzida pelo governo japonês somente em 2012, ano em que uma pesquisa (realizada a cada 3 anos) revelou que 4,4% das mulheres que sofreram violência sexual temiam por suas vidas.
Contudo, estatísticas recentes mostraram que 26% das japonesas levaram socos, chutes e empurrões de seus parceiros, enquanto outras 14% foram obrigadas a fazer sexo, e 18% sofreram abusos psicológicos.
(Com Agência Kyodo)
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