As mortes solitárias afetam cerca de 68.000 idosos anualmente no Japão, de acordo com dados coletados pela Agência Nacional de Polícia (ANP). Esse fenômeno, conhecido como kodokushi, refere-se a indivíduos que falecem solitariamente em suas residências e passam despercebidos. Aproximadamente 80% dessas mortes ocorrem em pessoas com 65 anos ou mais, informou a Kyodo News Japan na terça-feira (14).
Os números preliminares da ANP, órgão que equivale à Polícia Federal do Brasil, mostraram que, de janeiro a março, houve cerca de 21.716 mortes solitárias em todo o Japão. Dessas, aproximadamente 17.034 pessoas tinham 65 anos ou mais.
O governo japonês tem intensificado os esforços para combater o isolamento social e a solidão, incluindo a aprovação de uma lei em maio de 2023 para abordar essa questão. Uma morte solitária é definida como aquela em que uma pessoa falece sem que ninguém testemunhe o evento, com um certo período de tempo até que o corpo seja encontrado, o que pode levar dias, semanas e até meses.
Embora o fenômeno kodokushi tenha maior incidência entre os idosos, há também casos de pessoas jovens que morrem isoladas em suas residências.
Os dados da ANP também mostram que o maior número de mortes solitárias ocorre entre pessoas com 85 anos ou mais (4.922 casos). Além disso, foram registradas 3.480 mortes de pessoas entre 75 e 79 anos, 3.348 mortes de pessoas entre 80 e 84 anos e 3.204 mortes de pessoas entre 70 e 74 anos. As pessoas de 65 a 69 anos também estão entre as afetadas, com 2.080 mortes solitárias nessa faixa etária.
Esse problema é uma preocupação crescente no Japão, especialmente considerando o envelhecimento da população. O país continua a coletar dados para enfrentar essa questão e garantir o bem-estar dos idosos.
== Mundo-Nipo (MN)
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