Do Mundo-Nipo
A Agência da Casa Imperial Japonesa anunciou nesta quinta-feira (14) que, a partir de agora, os imperadores do Japão serão cremados e suas cinzas repousarão junto aos de seus consortes em um mesmo espaço, quebrando a tradição de sepultamento imperial que remonta a mais de 350 anos, ritual que era a norma para os monarcas e seus cônjuges desde o Período Edo.
A decisão de modificar o rito mortuário dos imperadores foi tomada por pedido expresso do imperador Akihito, que solicitou a cremação e a integração dos dois túmulos imperiais em apenas um, de acordo com o comunicado de Noriyuki Kazaoka, chefe da Agência da Casa Imperial.
Há tempos que o imperador demonstra sua preocupação com a falta de espaço no Cemitério Imperial de Musashi, situado a oeste de Tóquio, e no qual jazem os restos dos imperadores das eras Taisho (1912-1926) e Showa (1926-1989).
Espera-se que com sua integração, os túmulos de Akihito e da imperatriz Michiko ocupem cerca de 3.500 metros quadrados, uma redução de cerca de 80% em relação aos espaços ocupados pelos do imperador Showa e da imperatriz Kojun, pais de Akihito.
Com uma extensão próxima aos 460 mil metros quadrados, o Cemitério Imperial abrigará os atuais imperadores do Japão no espaço a oeste do recinto do imperador Taisho.
Quando o imperador ou a imperatriz falecer, uma cerimônia mortuária será realizada em um necrotério temporário no Cemitério Imperial, que será construído de uma forma tradicional. Após a cremação, uma nova capela mortuária será construída no mesmo lugar, de acordo com o chefe Noriyuki Kazaoka.
As informações são da agência Kyodo e do Jiji Press.
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