Prática de bullying no Japão diminui em escolas, mas cresce na Internet

No Japão, a taxa de suicídio entre jovens é uma das mais altas no mundo, com o bullying apontado como uma das principais causas.

Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo

A prática de bullyng em escolas japonesas diminuíram no ano letivo de 2013, terminado em março de 2014, mas a incidência de bullyng na internet, ou “cyberbullying”, aumentou significativamente no mesmo período, de acordo com uma pesquisa do Ministério da Educação e Tecnologia, divulgada nesta semana.

 

Cyberbullying (Foto: SHC Photos)
No Japão, a taxa de suicídio entre jovens é uma das mais altas no mundo, com o bullying apontado como uma das principais causas (Foto: SHC Photos)

 

O Ministério realiza anualmente pesquisas envolvendo escolas do ensino fundamental, médio e especial sobre casos de bullying confirmados por conselhos educativos locais.

No ano letivo de 2013, o número de casos de bullying relatados pelas escolas totalizou 186.000, uma queda de 12.000 em relação ao ano anterior, quando alcançou uma alta recorde. Entretanto, apesar da redução em 2013, o número continua a ser um dos mais altos entre os países que possuem estatísticas sobre o tema.

Segundo o ministério, a redução se deve ao treinamento de professores como parte de iniciativas tomadas pelos conselhos educativos para minimizar a incidência da prática.

Por outro lado, o número de casos de bullying cibernético totalizou 8.700, o que representa uma aumento de 1.000 em relação ao ano anterior. Nesses casos, a agressão é virtual e envolve o uso de computadores, celulares, entre outros dispositivos, para agredir alguém, de acordo com o ministério.

 

Definição de bullying cibernético ou cyberbullying

É quando a Internet é utilizada através de computadores, celulares ou outros dispositivos para enviar textos e/ou imagens de conteúdo ofensivo, com a intenção de ferir, constranger e denigrir alguém. A prática também é definida quando o agressor continua a enviar mensagens para alguém que já disse não querer mais contato com o remetente.

Os casos mais graves incluem comentários sexuais, difamação, discurso de ódio, entre outros rótulos pejorativos, tornando as vítimas alvo de “ridicularização” em fóruns ou redes sociais, postando declarações falsas com o objetivo de humilhar ou até instigar outras pessoas a fazerem o mesmo contra a pessoa que está sendo perseguida.

Em alguns casos, os cyberbullies divulgam os dados pessoais das vítimas, como nome, endereço, local de trabalho e de estudo, por exemplo.

O Japão é um dos poucos países que possuem uma estatística oficial sobre bullying. Isso porque o país é detentor da maior taxa de suicídio entre jovens, com o bullying apontado como uma das principais causas.

 


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