O Japão melhorou sua posição no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2020, que leva em conta a renda per capita, os níveis de educação e a expectativa de vida, de acordo com o relatório divulgado esta semana pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).
No relatório, que que avaliou 189 países e regiões, o Pnud explica que os dados ainda não refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
A Noruega manteve o primeiro lugar que garantiu no ano anterior, enquanto a Irlanda e a Suíça ficaram em segundo lugar. Muitos dos lugares principais foram ocupados por países europeus.
O índice de desenvolvimento humano é usado para medir o desenvolvimento de um país que não pode ser avaliado apenas pelo crescimento econômico. Seus cálculos são baseados em três critérios: saúde, educação e padrão de vida.
Hong Kong ficou em quarto lugar, com longa expectativa de vida e alta renda per capita. Por sua vez, o Japão subiu uma posição em relação ao índice do ano passado, ficando em 19º lugar, posição que divide com Israel e Liechtenstein (principado de língua alemã com apenas 25 km de extensão, localizado entre a Áustria e a Suíça).
Os Estados Unidos ficaram em 17º, enquanto a Rússia ocupa a 52º posição. Na Ásia, Cingapura ficou em 11º, Coreia do Sul em 23º e China em 85º.
Em relação à América do Sul, o Brasil perdeu cinco posições e passou de 79º para 84º lugar, ficando atrás de Chile (43º), Argentina (46º), Uruguai (55º), Peru (79º) e Colômbia (83º).
No relatório, o PNUD abordou o impacto da pandemia do Covid-19, dizendo que provou ser um “choque que afetou os principais componentes do desenvolvimento humano com magnitude sem precedentes”.
A organização estimou que o índice para todo o mundo mostrará declínio pela primeira vez desde que dados comparáveis foram disponibilizados em 1990.
Meio Ambiente
Sobre as mudanças climáticas, agora denominado emergência climática, o relatório também apontou que, se o aquecimento global continuar sem mitigação, o número de dias de cada ano com temperaturas extremas abaixo de zero e acima de 35ºC deve aumentar em 100 em países com baixo desenvolvimento humano até 2100.
Com a mitigação consistente em razão das metas do Acordo de Paris de 2015, o número de dias por ano com temperaturas extremas em países de baixo desenvolvimento humano aumentaria em 49, acrescentou o relatório.
O Pnud explicou que o índice de desenvolvimento humano deste ano não inclui seis países devido à falta de informações, entre eles estão a Coreia do Norte e a Somália.
No final da tabela estão países africanos. Os três índices mais baixos foram obtidos por Chade, República Centro-Africana e Níger.
Top 10 do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2020
*incluindo dados de Japão e Brasil
# | País | HDL | *EV | *RPC$ |
1 | Noruega | 0.957 | 82.4 | 66,494 |
2 | Irlanda | 0.955 | 82.3 | 68,371 |
2 | Suíça | 0.955 | 83.8 | 69,394 |
4 | Hong Kong | 0.949 | 84.9 | 62,985 |
4 | Islândia | 0.949 | 83.0 | 54,682 |
6 | Alemanha | 0.947 | 81.3 | 55,314 |
7 | Suécia | 0.945 | 82.8 | 54,508 |
8 | Austrália | 0.944 | 83.4 | 48,085 |
8 | Holanda | 0.944 | 82.3 | 57,707 |
10 | Dinamarca | 0.940 | 80.9 | 58,662 |
19 | *Japão | 0.919 | 84.6 | 42,932 |
84 | *Brasil | 0.765 | 75.9 | 14,263 |
*RPC: Renda per capita em dólar
Tabela: Edição do Mundo-Nipo
⇨ O relatório pode ser conferido na íntegra no site oficial do Human Development Index Ranking 2020.
Por Maria Rosa/ Mundo-Nipo (MN).
Atualizado em 21/05/2021.
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