A floresta de Aokigahara, conhecida como o “mar de árvores” e tristemente famosa por ser um local frequente de suicídios, está recebendo uma nova ferramenta altamente tecnológica para combater essa problemática. As autoridades locais, preocupadas com o crescente número de casos, iniciaram um projeto piloto utilizando drones equipados com câmeras termográficas para patrulhar a área e resgatar pessoas em risco.
A iniciativa, uma parceria entre as autoridades locais e a empresa Jdrone, visa intensificar a vigilância, especialmente durante a noite, quando a floresta se torna mais isolada. Os drones sobrevoam a área a uma altitude de até 140 metros, capazes de detectar o calor corporal humano mesmo em condições de baixa luminosidade.
Ao identificar uma pessoa em potencial perigo, um funcionário ou uma mensagem gravada é transmitida via alto-falante, incentivando o indivíduo a procurar ajuda e retornar à trilha.
A escolha da Floresta Aokigahara para este projeto não é casual. A região, localizada na base do Monte Fuji, apresenta características que a tornam atrativa para pessoas com ideações suicidas, como a densa vegetação, a altitude e o isolamento. Embora a área seja popular entre os amantes da natureza, sua beleza sombria também a tornou um local de desespero para muitos.
É importante ressaltar que o problema dos suicídios em Aokigahara não se limita a moradores locais. Dados da prefeitura de Yamanashi indicam que mais de 30% dos casos registrados são de pessoas de outras regiões do país. A atração da floresta como um local para o ato final de uma vida parece transcender fronteiras geográficas.
O uso de drones para prevenir suicídios não é uma novidade no Japão. A cidade de Tojinbo, conhecida por seus penhascos íngremes, já utiliza essa tecnologia para monitorar áreas de risco. No entanto, a implementação em Aokigahara representa um passo importante na luta contra o suicídio em uma escala maior.
== Mundo-Nipo (MN)
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