Jovem que matou três pessoas e feriu mais sete é condenado no Japão

O jovem de 19 anos foi condenado por ter atropelado e matado uma mulher e duas crianças do ensino fundamental.

Do Mundo-Nipo

Tribunal de justiça (Foto: Aflo Images)
Indignados, os parentes das vítimas queriam a acusação de condução imprudente resultante em morte, o que é punível com até 20 anos de prisão. (Foto: Aflo Images)

O Tribunal Distrital de Kyoto condenou na terça-feira (19) um jovem de 19 anos de idade a 5-8 anos de prisão por matar três pessoas e ferir mais sete depois de conduzir seu carro em direção a um grupo de crianças do ensino fundamental e alguns adultos na cidade de Kameoka, prefeitura de Kyoto, em 23 de abril de 2012, informou nesta quarta-feira a imprensa japonesa.

O réu, que não pode ser nomeado porque é menor de idade, tinha 18 anos na época, e não possuía licença de motorista.

Yukihi Matsumura, de 26 anos, que estava grávida de sete meses, Mao Odani, de sete anos, e Nao Yokoyama de oito anos, morreram algumas horas após o acidente, que aconteceu por volta das 08h00 quando as crianças estavam sendo levadas para a escola. O feto de Matsumura também morreu no acidente.

Segundo a polícia, as crianças e Matsumura estavam caminhando ao lado de uma estrada de sentido único, em uma curva, quando o carro não conseguiu fazer uma curva à esquerda e acabou atingindo o grupo.

No tribunal, foi declarado que o condutor e os dois passageiros estavam viajando desde a noite anterior ao dia do acidente e que motorista admitiu à polícia ter cochilado ao volante.

Além do motorista, os dois passageiros, ambos com 18 anos de idade, também foram detidos porque tinham o conhecimento de que seu amigo não possuía carteira de habilitação. Eles estão aguardando julgamento.

Segundo a rede TBS do Japão, a promotoria pediu condenação para o motorista de 10 anos de detenção, que é a pena máxima na lei japonesa para um menor acusado de condução negligente resultante em morte. No entanto, o juiz disse que o réu havia demonstrado remorso e amenizou para oito anos, mas com direito a liberdade condicional após cumprir cinco anos em regime fechado.

Após o julgamento, os parentes das vítimas realizaram uma conferência a imprensa onde expressaram indignação com a sentença branda, questionando a finalidade de um sistema judiciário que impõe uma sentença tão leve a alguém culpado de tirar três vidas. Os parentes queriam a acusação de condução imprudente resultante em morte, o que é punível com até 20 anos de prisão. No entanto, cochilar enquanto dirige não é considerada condução imprudente pela lei japonesa.

 

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