Japão executa três prisioneiros do corredor da morte

Três homens condenados à morte, incluindo um assassino de crianças, foram enforcados na manhã de quinta-feira (hora local).

Do Mundo-Nipo

SadakazuTanigaki, minitro da Justiça do Japão (Foto: Aflo Images)
SadakazuTanigaki, minitro da Justiça do Japão (Foto: Aflo Images)

O Ministério da Justiça anunciou que três homens condenados à morte, incluindo um assassino de crianças, foram enforcados na manhã de quinta-feira (hora local). Estas são as primeiras execuções no Japão desde que o governo conservador assumiu o poder com Shinzo Abe em dezembro passado, informou nesta quinta-feira (21) a imprensa japonesa.

O ministro da Justiça do Japão, Sadakazu Tanigaki, disse que pediu as execuções depois da especial atenção que deu sobre as condenações.

“Esses foram casos extremamente cruéis em que as vítimas foram privadas de suas preciosas vidas por motivos muito egoístas”, disse Sadakazu Tanigaki em coletiva à imprensa, em Tóquio, confirmando a execução do trio de condenados na manhã de quinta-feira.

Segundo o Ministério, um dos executados, Kaoru Kobayashi, de 44 anos, foi condenado a morte por ter violentado e matado uma menina de 7 anos em 2004. O assassino ainda enviou uma foto da criança para a mãe.

Os outros dois executados foram: Masahiro Kanagawa, de 29 anos, que já tinha antecedentes criminais por homicídio, foi condenado à morte por matar um homem a facadas e ferir outras sete pessoas em um Shopping Center no subúrbio de Tóquio em 2008, enquanto que Keiki Muto, de 62 anos, foi condenado por ter estrangulado o dono de um bar em 2002.

A última execução no Japão foi em 27 de setembro de 2012, quando dois detentos do chamado “corredor da morte” foram enforcados quando o país era governado por um partido de centro-esquerda com, o então primeiro-ministro na época, Yoshihiro Noda.

De acordo com o jornal Asahi Shimbun, a justiça japonesa não efetuou execuções em 2011, ano que marcou como sendo o primeiro após quase duas décadas ininterruptas de execuções no país que agora conta com 134 prisioneiros condenados à morte.

Segundo a agência France Press (AFP), além dos Estados Unidos, o Japão é a única democracia industrializada que exerce o sistema da pena de morte, uma prática que leva a repetidos protestos de governos europeus e grupos de direitos humanos.

 

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