Japão é o país com a menor taxa de mortalidade neonatal, diz Unicef

O índice de mortalidade neonatal no japão é de 1,1 a cada mil nascimentos, a menor taxa do mundo.

Do Mundo-Nipo

Japão é o país mais seguro do mundo para os recém-nascidos, com a menor taxa de mortalidade neonatal, revela um estudo da revista britânica The Lancet em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) .

 

Bebê japonês (Foto: Aflo Images)
O índice de mortalidade neonatal no japão é de 1,1 a cada mil nascimentos (Foto: Aflo Images)

 

Numa série especial sobre a mortalidade infantil, que reúne a contribuição de 54 especialistas de 28 instituições em 17 países, a revista científica afirma que o estudo apresenta o quadro mais claro de sempre sobre as hipóteses de sobrevivência de um recém-nascido e as medidas que devem ser tomadas para reduzir o índice de mortalidade infantil.

O estudo, que pesquisou 162 países, revela que o Japão é o país com a menor taxa de morte entre os recém-nascidos, com 1,1 a cada mil nascimentos. Em segundo lugar vem Singapura, seguida por Chipre, Estónia, Finlândia, Coreia do Sul, Suécia, Noruega, Portugal e Eslovénia.

No extremo oposto da lista surge Serra Leoa, com uma taxa de mortalidade neonatal de 49,5 em cada mil nascimentos.

O estudo denuncia que Suíça, Canadá e EUA são os países desenvolvidos que menos progressos têm feito para reduzir a mortalidade neonatal. Na Suíça, por exemplo, a redução da taxa de mortalidade foi de apenas 16% entre 1990 e 2012, ano em que ainda morriam 3,2 recém-nascidos por mil nascimentos. Isto, apesar de a redução da taxa de mortalidade nas crianças com um mês a cinco anos ser de 76%.

“Quase três milhões de crianças que morrem antes de completar um mês poderiam ser salvas em um ano se recebessem um atendimento de qualidade no momento do nascimento”, destaca o Unicef.

Estes recém-nascidos falecidos, que tendem a morrer nos locais mais pobres e desfavorecidos, representam 44% da mortalidade infantil de menores de cinco anos em 2012, o que representa uma proporção de mortes maior que a registrada em 1990, de 36%.

Se as pessoas mais pobres dos 51 países com maior carga de mortalidade de recém-nascidos recebessem os mesmos cuidados que as pessoas mais ricas se poderia chegar a salvar 600 mil vidas, o que representaria uma redução da mortalidade de 20% em nível mundial.

“Houve um grande progresso na redução de mortes de menores de cinco anos, mas o número dos recém-nascidos, os mais vulneráveis, continua sendo um problema”, destacou o chefe de Saúde do Unicef, Mickey Chopra.

O Unicef alertou que 2,9 milhões de crianças morrem a cada ano durante seus primeiros 28 dias de vida e outros 2,6 milhões nascem já mortos (dos quais 1,2 milhões morrem durante o parto).

As primeiras 24 horas após o nascimento são as mais perigosas para o bebê e a mãe, já que quase a metade das mortes de recém-nascidos e mães ocorrem nesse período, acrescentou o organismo.

Os países que mais progrediram na redução de mortes fomentaram medidas efetivas como a lactação materna, a reanimação de recém-nascidos, o prolongamento do contato do recém-nascidos com a pele da mãe para bebês prematuros e o tratamento e prevenção de infecções, segundo o Unicef.

Ruanda foi o único país da África Subsaariana que reduziu à metade o número de mortos recém-nascidos desde o ano 2000 enquanto outros países de baixa renda formaram parteiras e enfermeiras para que as famílias mais pobres também possam ser atendidas.

As zonas que contam com um maior índice de mortalidade infantil se encontram na região da Ásia meridional e África Subsaariana e os países mais castigados são Índia (779 mil mortes), Nigéria (267 mil) e Paquistão (202.400).

Segundo destacou o Unicef, nos países com maiores taxas de mortalidade infantil cada dólar investido na saúde do bebê ou na mãe representa um benefício social e econômico nove vezes maior que o investimento inicial.

Com informações da Agência EFE e do Jornal de Negócios

 

 


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