Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo
O número de suicídios diretamente ligados ao terremoto, tsunami e desastre nuclear em março de 2011 atingiu um total de 130 em três anos, de acordo com um relatório do Escritório do Gabinete Japonês divulgado nesta terça-feira (26).
Os números compreendem três províncias, com Fukushima representando 40% do total, ou seja, 56 suicídios. As duas outras são Miyagi e Iwate, registrando 37 e 30, respectivamente.
O relatório aponta para uma alta acentuada em Fukushima. Somente neste ano, de janeiro a julho, foram registrados 10 suicídios na província – todos os casos estavam diretamente ligados à catástrofe, conforme afirma o documento.
Pelo menos duas famílias relacionadas aos suicídios já entraram com processos requerendo indenizações por danos à Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco), operadora da usina Fukushima Daiichi. O complexo teve seus reatores atingidos e danificados pelo tsunami em 11 de março de 2011, no que gerou a pior crise nuclear desde Chernobyl.
Embora a operadora venha insistentemente afirmando que não se pode provar que o acidente nuclear tenha sido responsável pelos suicídios, a Corte Distrital de Fukushima reconheceu, nesta terça-feira, que o suicídio de Hamako Watanabe tinha evidências suficientes para relacioná-lo ao acidente nuclear, condenando a Tepco a pagar 49 milhões de ienes, cerca de US$ 470 mil, em indenizações aos familiares da “vítima”.
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