A justiça em Osaka, na região oeste do Japão, condenou nesta terça-feira (29) uma mulher de 48 anos à prisão perpétua por matar, em 2018, o pai diabético com overdose de insulina, além de assassinar o irmão e forjar a morte como suicídio, informou a imprensa japonesa.
O Tribunal Distrital de Osaka considerou Akemi Adachi culpada em um caso em que os promotores pediram a pena de morte e alegaram que “a ré demonstrou extremo desrespeito pela vida”.
Em janeiro de 2018, Adachi deu ao pai (então com 67), Tomio, que também tinha câncer, doses excessivas de insulina enquanto cuidava dele em sua casa na cidade de Sakai, na província de Osaka, de acordo com a acusação. Ele morreu cinco meses depois de encefalopatia hipoglicémica, causada por baixo nível de açúcar no sangue.
Ainda de acordo com a promotoria, a mulher também forjou um bilhete de suicídio deixado por seu irmão mais novo, Masamitsu, que tinha 40 anos quando morreu.
Adachi dopou o irmão com sedativos antes de levá-lo ao banheiro, onde o deixou trancado inalando fumaça de carvão incandescente, o que provocou a morte dele por intoxicação de monóxido de carbono em março de 2018.
O advogado de defesa argumentou que ela era inocente, pois não tinha motivo para o assassinato.
Durante o julgamento, Adachi permaneceu em silêncio, afirmando que “não tinha nada a dizer”.
A defesa alegou ainda que o pai dela, Tomio, morreu de câncer e não de overdose por insulina, enquanto apontava a possibilidade de Masamitsu ter sido morto por um estranho, alegando que a diferença física a impossibilitaria de locomover o irmão.
== Mundo-Nipo (MN)
Fontes: Kyodo News | Yahoo! Japan.
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