“The Wall Street Journal” também denuncia ataque cibernético feito da China

O “The Wall Street Journal” afirmou nesta quinta-feira ter sido vítima de ataques cibernéticos feitos de dentro da China.

Da agência EFE

Nova York, 31 jan (EFE).- O “The Wall Street Journal” afirmou nesta quinta-feira ter sido vítima de ataques cibernéticos feitos de dentro da China, junto com outros meios de comunicação americanos, em uma aparente tentativa dos hackers de espionar sua cobertura sobre o gigante asiático.

“A infiltração em nossos sistemas informáticos e os reportes de invasões na rede do ‘New York Times’ e outros meios indicam que se transformou em um fenômeno estendido os hackers chineses espionando a imprensa americana”, declarou o jornal financeiro.

O FBI (polícia federal americana) está há mais de um ano investigando este tipo de incidentes e os considera um caso de segurança nacional contra interesses dos Estados Unidos, segundo fontes da investigação citadas pelo jornal.

“As provas demonstram que as tentativas de infiltrar-se em nossos sistemas informáticos tentam acompanhar a cobertura que o jornal faz sobre a China”, assinalou uma porta-voz da Dow Jones Company, proprietária do “The Wall Street Journal”.

A empresa, que iniciou novas medidas de segurança para proteger seus clientes, empregados, jornalistas e fontes, continuará com sua cobertura “agressiva e independente” na China, acrescentou a porta-voz, Paula Keve.

A denúncia do “The Wall Street Journal” se soma à publicada pelo “The New York Times”, que durante quatro meses foi vítima de ataques informáticos nos quais hackers chegaram a ter acesso às senhas de seus repórteres.

“Durante os últimos quatro meses, piratas chineses atacaram com persistência o jornal, infiltrando-se no sistema operacional e utilizando as senhas de seus repórteres e outros empregados (no total 53)”, explicou o jornal em artigo.

Segundo o “NYT”, que provocou a ira das autoridades comunistas ao cifrar em US$ 2,7 bilhões o patrimônio “oculto” da família do primeiro-ministro, Wen Jiabao, os “piratas” não conseguiram acessar material sensível.

“Os analistas em segurança informática não encontraram provas que os hackers tenham acessado e-mails e outros documentos sobre nossos artigos relacionados com a família de Wen”, disse a editora executiva do jornal, Jill Abramson. EFE

 

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