A prefeitura da cidade de Hiroshima, no oeste do Japão, teve sua reivindicação atendida pela empresa responsável pelo game de sucesso Pokémon Go, a Niantic, na qual pediu que fosse retirado o Memorial da Paz de Hiroshima do roteiro do jogo, afirmando que a prática no local é algo “extremamente inapropriado” em um memorial dedicado às vítimas da bomba atômica.
A presença dos jogadores circulando nas dependências do memorial com os olhos grudados nos celulares em busca dos “monstrinhos” foi classificado como falta de respeito a um local que é “símbolo mundial da paz”.
“A presença dos jogadores nas proximidades dos monumentos estava acabando com o tom de homenagem às vítimas da bomba atômica”, disse um representante da prefeitura, considerando que o local é inapropriado para qualquer tipo de jogo.
A direção da instituição também se manifestou e descreveu a prática como algo “extremamente inapropriado” em um memorial dedicado às vítimas da bomba atômica.
O game virou fenômeno ao fazer os jogadores sairem do sofá e ir à caça dos monstrinhos. Isso ocorre porque o jogo alia a localização do usuário, captada pelo celular, à tecnologia de realidade aumentada, que “leva” os bichinhos virtuais para o mundo real.
De acordo com o jornal ‘The Asahi Shimbun’, a prefeitura de Hiroshima disse que a Niantic colocou 30 pontos virtuais de itens espalhados no parque e três academias Pokémon próximas da importante Cúpula Genbaku (única edificação que permaneceu de pé após o ataque atômico) e do monumento que homenageia as crianças que morreram no ataque dos EUA e aliados no final da Segunda Guerra Mundial.
Em nota, a Niantic disse que está analisando todos os pedidos para exclusão dos roteiros do Pokémon Go em locais considerados impróprios para o jogo, afirmando ainda que muitos pontos do jogo já estão eliminados.
