Software de IA revoluciona treinamento de trabalhadores estrangeiros no Japão

O software multilingue Teachme AI ajuda a criar vídeos tutoriais para trabalhadores de forma pratica e eficiente.
Software Teachme AI | ©Kyodo Images
Software Teachme AI | ©Kyodo Images

Um inovador software de inteligência artificial foi lançado para facilitar a produção de vídeos instrucionais para trabalhadores estrangeiros no Japão, oferecendo suporte em 20 idiomas diferentes, incluindo português.

A Studist Corporation, uma empresa de software com sede em Tóquio, desenvolveu o serviço “Teachme AI” para ajudar empresas a criar vídeos tutoriais de forma mais eficiente, em um momento em que o Japão enfrenta uma crescente escassez de mão de obra e em meio a uma população cada vez mais envelhecida.

O Teachme AI permite a criação rápida de vídeos tutoriais a partir de filmagens brutas, reduzindo o tempo de edição em mais de 90%. O software divide automaticamente as filmagens em capítulos, adicionando legendas e explicações em texto.

O software suporta idiomas como tailandês, vietnamita, indonésio, bengali, entre outros.

“Os vídeos são essenciais para ajudar os trabalhadores a aprender o básico de seus empregos”, afirmou Satoshi Suzuki, presidente da Studist, destacando a importância de fornecer treinamento adequado aos trabalhadores estrangeiros.

De acordo com dados do governo, o número de trabalhadores estrangeiros no Japão ultrapassou 2 milhões pela primeira vez no final de outubro de 2023.

No mês passado, o parlamento japonês aprovou leis revisadas para substituir um controverso programa de treinamento de estrangeiros por um novo sistema que incentiva a permanência prolongada desses trabalhadores.

Durante um teste do Teachme AI em um açougue em Ageo, na província de Saitama, um vídeo de 30 minutos demonstrando como embalar carne com explicações em tailandês foi produzido em cerca de 15 minutos.

“Fiquei impressionada com a rapidez da produção do manual”, disse Yumi Eguchi, diretora executiva da atacadista Sc Meat Co.

Wandee Sriprom, uma trabalhadora estrangeira de 42 anos do Sudeste Asiático, disse, à Kyodo News, que, “graças às legendas em tailandês, foi fácil entender o que fazer”.

== Mundo-Nipo (MN)

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