Japão lança satélite para estudar buracos negros no espaço

O satélite possui instrumentos de última geração, que ostenta o maior espectro para observar raios X no espaço projetado até o momento.
Foguete H IIA lancado em pela JAXA 11 2015 Foto Kyodo

A Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA) informou nesta quarta-feira (17) que obteve sucesso no lançamento do satélite Astro-H, um modelo que é considerado o mais avançado do mundo no setor astronômico e com o qual a agência pretende estudar buracos negros e a história dos clusteres de galáxias através de raios X.

O foguete H-2A, que transportou o satélite, decolou às 17h45 local (6h45 pelo horário de Brasília) do Centro Espacial de Tanegashima, na província de Kagoshima, sudoeste do Japão.

O lançamento estava originalmente previsto para ocorrer no dia 12 de fevereiro, mas teve que ser cancelado devido às más condições meteorológicas.

O Astro-H tem cerca de 14 metros de comprimento e pesa 2,7 toneladas, o que o transforma no satélite mais pesado lançado até agora pelo Japão.

O dispositivo, fabricado pela JAXA, Nasa e outras instituições, orbitará a Terra cerca de 580 quilômetros de altura. Ele é capaz de captar informações se uma ampla variedade de fenômenos de alta energia no cosmos, desde materiais superaquecidos prestes a se serem absorvidos por um buraco negro até a evolução de vastos conjuntos de galáxias.

Para isso, o satélite é equipado com quatro instrumentos. Entre eles destaca-se o “Microcalorímetro de raios X”, um instrumento de última geração que ostenta o maior espectro para observar raios X no espaço projetado até o momento.

O objetivo é captar uma gama imensa de emissões de energia, indo desde recepções fraquíssimas, passando por raios X de cerca de 300 elétron-volts, até raios gama de 600 mil elétron-volts. Vale lembrar que luz visível para os olhos humanos marca uma energia de aproximadamente 2 a 3 elétron-volts.

Esse tipo de energia tem como fonte uma série de atividades e objetos espalhados pelo espaço, como explosões estelares, campos magnéticos extremos e pontos gravitacionais muito fortes. A captação de raios X nos permite analisar e entender melhor esses eventos e fenômenos que são inacessíveis através de observações simples.

Os pesquisadores esperam começar a obter dados em grande escala a partir do próximo verão.

Fontes: Agência Kyodo | Agência EFE | Tecmundo.

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