O presidente do SoftBank, Masayoshi Son, prometeu um investimento de mais de 100 trilhões de ienes no setor de tecnologia ao longo dos próximos anos, informou nesta sexta-feira (20) o jornal financeiro Nikkei.
Na entrevista ao jornal, Son comentou que não estava satisfeito com o Vision Fund, que inicialmente investiu 10 trilhões de ienes (cerca de R$ 280 bilhões) no setor. “O Vision Fund foi só o primeiro passo, 10 trilhões de ienes simplesmente não é o bastante”, disse. Com esse valor, ele acredita que o fundo “provavelmente vai secar em uns dois anos”.
Mediante isso, Son prometeu aumentar gradativamente o valor do investimento para incríveis 100 trilhões de ienes, equivalente a R$ 2,8 trilhões, um montante maior que o PIB de países como Holanda e Turquia em 2016, segundo dados do Banco Mundial.
“Estamos criando um mecanismo para aumentar nossa capacidade de investimento de 10 trilhões de ienes para 20 trilhões de ienes e depois para 100 trilhões de ienes”, comentou. A ideia, segundo ele, é criar novos fundos a cada dois ou três anos, cada um com uma capacidade exponencialmente maior que o anterior. No total, Son estima que os fundos “provavelmente vão investir em pelo menos mil empresas ao longo de dez anos”.
Por outro lado, Son não deu mais indicações sobre como pretende chegar a esses valores nas próximas versões do Vision Fund. De acordo com um porta-voz da SoftBank, ele estava apenas falando de maneira geral sobre seus planos de investimento – mas o porta-voz também confirmou os planos de Son.
No entanto, é possível que o montante que Son pretende investir no setor ao longo dos próximos anos beneficie também algumas empresas brasileiras. A 99, por exemplo, já recebeu um aporte de US$ 100 milhões da SoftBank.
Homem mais rico do Japão
Há bons motivos para acreditar na promessa de Masayoshi Son, que segundo o Recode é o homem mais rico do Japão e que já realizou investimentos vultosos no setor da tecnologia como presidente e CEO da SoftBank.
A SoftBank é um gigante japonês do setor de telefonia e tecnologia da informação (TI). Ela é a empresa por trás do robô Pepper, cujo sucesso no mercado de trabalho é de fazer inveja. O humanóide já arrumou empregos que vão desde garçom de pizzaria até monge budista, passando também pelo cargo de enfermeiro pediátrico.
Além disso, foi a SoftBank que também comprou a divisão de robótica do Google.
Fontes: Nikkei Asian Review | Olhar Digital.
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