Do Mundo-Nipo
O Japão melhorou sete posições, para 13º lugar no índice que mede o impacto da internet no desenvolvimento social, econômico e político dos países, num contexto mundial em que a inovação está ameaçada por demasiada vigilância, de acordo com os autores da pesquisa.
A World Wide Web Foundation, com sede na Suíça, anunciou o ranking na sexta-feira (22), com base em uma pesquisa realizada em 81 países, que avalia o impacto da utilização da internet e dos serviços online na realidade de cada país, considerando, principalmente, o crescimento e a liberdade em cada uma das sociedades avaliadas.
A Suécia continua a liderar a lista, mas o segundo lugar foi tomado dos EUA pela Noruega, enquanto o Reino Unido manteve a terceira posição, indica a segunda edição do Web Index [webindex.org], elaborado pela Fundação World Wide Web para medir o crescimento, liberdade e utilidade da Internet.
De acordo com os autores, os países nórdicos estão ocupando as classificações mais altas graças aos seus esforços para promover a internet, enquanto o Japão melhorou sua posição como resultado de uma nova lei que permite a campanha eleitoral online, o que provocou efeitos positivos à política e sociedade.
Os Estados Unidos, por sua vez, que ocupavam o segundo lugar no ano passado, caíram para a quarta posição, em meio às revelações de casos de coleta de informações pessoais por parte de agências de inteligência americanas em todo o mundo.
“Uma das descobertas mais encorajadoras do índice deste ano é como a internet e as redes sociais estão estimulando cada vez mais as pessoas a se organizarem, a agir e a tentar expor injustiças em todas as partes do mundo”, disse Tim Berners-Lee, considerado o inventor da Internet.
Em contrapartida, Berners-Lee disse que alguns governos estão ameaçados: “A crescente vigilância e censura ameaça agora o futuro da democracia”, disse ele, apelando para que sejam tomadas medidas ousadas que protejam os “direitos fundamentais da privacidade e liberdade de opinião e reunião online”.
O documento, que foi divulgado em Londres por Berners-Lee, presidente da Fundação WWW, juntamente com Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, entre outros, apela à aprovação de leis que limitem a interseção de comunicações eletrônicas, a qual é feita sem controle adequado por 94% dos países avaliados pelo índice.
Criticas também foi endereçada a censura em vários níveis feita por 30 governos de todo o mundo, desde a filtragem ao bloqueio de conteúdos determinados políticos na internet, ao mesmo tempo em que saúda o papel positivo das redes sociais na mobilização pública em 80% dos países no ano passado.
Os três países emergentes mais bem classificados são México (30º), Colômbia (32º) e Brasil (33º). Os países em desenvolvimento mais bem posicionados são Filipinas (38º), Indonésia (48º) e Quênia (53º), ultrapassando, em certos casos, países mais ricos como o Catar (51º).
A taxa de acesso à banda larga, a qualidade das infraestruturas de comunicações, a quantidade de conteúdos relevantes, o uso das redes sociais e o impacto político da internet são fatores importantes para uma boa classificação.
Porém, a falta de acesso à internet e falta de infraestruturas, de proteção à privacidade dos utilizadores e excessiva vigilância eletrônica pesaram na má avaliação de vários países, sendo o último o motivo que levou os EUA ao declínio de duas posições.
Veja o resultado completo dos índices e ranking em Web Index.
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