Salões de Pachinko: Diversão favorita dos japoneses

Salões de pachinko estão presentes quase em toda esquina de qualquer cidade japonesa.
Pachinko Foto Creative Commons 26 06 2017 900x550 min
Foto: Creative Commons

O Japão não é apenas a terra natal dos fenômenos Pokémon, Mario, Dragon Ball e de celebridades como Kensaku Watanabe (ator de O Último Samurai), indicado a um Oscar em 2004 e ao Globo de Ouro, e Konsei Ichinose, um dos maiores campeões japoneses no poker. O país, que também é conhecido por suas tecnologias inovadoras e hábitos peculiares, como seus vasos sanitários tecnológicos, suas vending machines, que vendem basicamente de tudo, tem o pachinko como uma forma singular de entretenimento.

Ao visitar o Japão, você pode não conseguir ver o topo do Monte Fuji devido às nuvens, ou não ter a oportunidade de ir à Shibuya, cruzamento mais movimentado do planeta. Mas estamos certo que você não terá como deixar de ver um salão de pachinko, presente quase em toda esquina de qualquer cidade japonesa. Os salões não economizam nas luzes néon e letreiros chamativos e piscantes, sendo impossível não notá-los.

Mas o que afinal é esse negócio? Pachinko nada mais é que uma espécie de jogo bastante popular entre os japoneses. Ele se assemelha muito às conhecidas máquinas de pinball, variando quanto ao número de bolinhas de metal lançadas. Para iniciar, é preciso comprar essas esferas de metal e inseri-las na máquina. Elas irão, então, rebater nos pinos. Quando as bolas caírem em buracos bônus, a máquina multiplicará a quantidade delas e você poderá continuar jogando ou trocá-las por prêmios. Quanto mais bolinhas, mais prêmios. Ou seja: há uma diferença básica quanto ao pinball aqui, porque o objetivo desse é evitar que a bolinha caia em buracos.

Depois, as esferas de metal devem ser substituídas primeiramente por fichas, que podem variar a depender do estabelecimento, para só então serem permutadas em lojas que ficam localizadas fora do recinto em que jogo acontece. Nesse sentido, portanto, o pachinko se assemelha aos fliperamas tão comuns aqui no ocidente.

Ok, tudo isso pode estar parecendo meio confuso. Então como uma imagem vale mais do que mil palavras, confira o vídeo abaixo para entender melhor. Vale notar: existem máquinas temáticas – como esta, de Star Wars – que tornam a brincadeira ainda mais legal.

Os serviços oferecidos também vão variar de salão para salão. Em alguns locais, uma vez que sua caixa de bolinhas esteja cheia, algum atendente lhe dará uma nova caixa e colocará a cheia no chão. Já em outros, uma pilha de caixas vazias é deixada disponível perto do jogador. A ajuda dos atendentes em mover os recipientes cheios para o chão é importante uma vez que normalmente a pessoa precisa que a caixa seja colocada no chão no meio de um período de ganhos, não podendo, assim, soltar o botão. Além disso, alguns recintos distribuem bombons a seus clientes e mantêm tudo sempre limpo, além de instruírem os funcionários a serem sempre educados e prestativos.

Alguns salões de pachinko, procurando atingir uma grande parcela da população – as mulheres – promovem dias para elas, assim como disponibilizam salas para uso exclusivo feminino, caprichando na decoração. Existem os estabelecimentos que chegam até a oferecer itens como panelas e ferros de passar como prêmios. Aí, novamente, fugimos daquele conceito próprio dos fliperamas ocidentais – onde ursinhos de pelúcia eram o objetivo máximo após virar mestre num dado jogo.

Pachinko é um jogo simples e relativamente fácil, capaz de atrair pessoas de todas as idades, tornando-se, desse modo, uma das diversões preferidas dos japoneses, além de ser ótimo para a economia, chegando a movimentar trilhões de ienes por ano.

 


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