A Agência de Exploração Aerospacial do Japão (JAXA, sigla em inglês) anunciou que está abrindo um processo de seleção para novos astronautas e, pela primeira vez, a agência está encorajando a participação de mulheres para diversificar o quadro atual, o qual conta com sete astronautas japoneses homens. Segundo o site Digital, a seleção para novos astronautas será a primeira em 13 anos.
Além do inédito apelo para que mulheres se inscrevam no programa, a agência está flexibilizando os requisitos mínimos para ampliar o número de inscritos.
De acordo com o comunicado da JAXA, agora não é mais necessário um diploma em áreas científicas. Entretanto, ao contrário da Nasa, que aceita astronautas de outras nacionalidades, mas desde que comprovem cidadania estadunidense, a JAXA ainda restringe seu programa a japoneses nascidos e criados no Japão.
“Nós queremos estabelecer um sistema de recrutamento mais alinhado com os tempos modernos”, disse Kazuyoshi Kawasaki, gerente geral da JAXA, durante uma conferência com a imprensa local. “Anteriormente, nós limitávamos candidaturas apenas para homens com algum diploma em ciências naturais, mas muitos de nós [da agência] entendemos que isso não é mais uma necessidade”.
Apesar da maior abertura no que tange à formação acadêmica dos candidatos, a JAXA ressalta que as provas escritas e boa parte do treinamento físico envolverão demandas relacionadas à engenharia, química, física, matemática e tecnologia, além da fluência no idioma inglês.
No que tange à parte física, a JAXA informa que não há restrições ou cotas máximas de gênero ou de idade, mas estabeleceu uma altura mínima de 1,49m como corte.
As candidaturas serão recebidas a partir de inscrições abertas no próprio site da JAXA, a partir de 20 de dezembro de 2021, estendendo-se até 4 de março de 2022.
Aprovados serão, eventualmente, enviados em missões de alto potencial, como expedições de longo prazo à Estação Espacial Internacional (ISS) – aliás, um dos astronautas da JAXA, Akihiko Hoshide, de 52 anos, recentemente retornou à Terra após seis meses a bordo do laboratório orbital.
Mundo-Nipo (MN)
Fontes: Olhar Digital | JAXA.