A capital Pequim celebrou nesta sexta-feira (16) seu Ano Novo Lunar, ou Ano Novo Chinês, sem os tradicionais fogos de artifício e foguetes. A celebração incomum é por conta da proibição no ano passado para evitar níveis altos de contaminação na capital da China.
Nas ruas Pequim não tiveram vestígios de pólvora, uma imagem muito diferente de anos anteriores, onde desde a meia-noite até as primeiras horas da manhã eram disparados fogos de artifício para afugentar os maus espíritos.
Um grande número de policiais vigia constantemente as ruas para garantir a segurança e o respeito da nova lei durante o Ano Novo, desta vez sob a influência do cachorro, segundo o horóscopo chinês, que é vinculado ao calendário chinês tradicional, no qual se baseia no ciclo lunar. Mediante isso, o Ano Novo chinês começa na lua nova, que ocorre entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro. Este ano, ele começa exatamente em 16 de fevereiro.
Os esforços das autoridades para reduzir a contaminação levaram à proibição dos fogos de artifício em 444 cidades da China desde o ano passado, entre elas a vizinha Tianjin, Hefei e Changsha.
Embora sejam um símbolo nacional, não é a primeira vez que Pequim proíbe os fogos de artifício, que foram inventados pelos próprios chineses.
Em 1993, as autoridades de Pequim proibiram o uso de fogos de artifício na área urbana, alarmadas pelos numerosos incêndios e feridos causados a cada ano por estes artefatos no país, mas em 2005 o uso deles foi novamente liberado.
Outras cidades chinesas emitiram proibições similares nos anos 1980 e 1990, mas tiveram que abolir as restrições devido à pressão popular.
Há séculos estes artefatos foram usados pelos soldados chineses como arma ou método de comunicação, mas atualmente são explodidos em festas com a crença tradicional de que seu forte ruído assusta os demônios.
Com informações da Agência EFE
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