Mais duas pessoas são atacadas por ursos no Japão

Os ataques ocorreram ontem em Shimane e Fukushima, no que se soma a mais quatro ataques fatais de ursos em menos de um mês no país.
Urso negro asiatico Foto Cretice Commons 900x60 16 06 2016

Dois homens ficaram feridos em diferentes ataques de ursos na quarta-feira (15), ocorridos nas províncias de Shimane e Fukushima, oeste e nordeste do Japão, respectivamente. Os casos se somam aos de outros quatro ataques de urso, três homens e uma mulher, que foram encontrados mortos em diferentes incidentes em Shimane e em circunstâncias similares, o primeiro deles em 21 de maio, informou a agência de notícias ‘Kyodo’.

Um dos ataques de ontem ocorreu por volta das por volta das 7h30 locais, na cidade de Hamada (Shimane). De acordo com a polícia local, um homem de 63 anos foi atacado por um urso com cerca de 1,5 metro de altura. O ataque ocorreu enquanto o homem estava a beira de um rio local e se preparava para pescar com um amigo. Ele sofreu ferimentos no rosto e em uma das mãos, enquanto o amigo saiu ileso após fugirem do local.

O segundo ataque ocorreu por volta das 14h30 locais de ontem, em uma área montanhosa de Aizuwakamatsu, na província de Fukushima. A polícia local relatou que um homem de 66 anos fraturou o braço enquanto trabalhava nesta área montanhosa, “fazendo verificações de cabos”, disse a polícia em comunicado, acrescentando que a vítima conseguiu fugir após o ataque do urso que, segundo a vítima, tinha aproximadamente 1,5 m de altura, detalhou a agência ‘ Kyodo’.

Felizmente, os dois ataques de ontem não culminou em vítimas fatais e diferem das quatro mortes causadas por estes animais, desde 21 de maio, o que representa a metade de todos os casos deste tipo registrados na região oeste do país entre 1979 e 2015, segundo informaram na segunda-feira (13) os veículos de imprensa japoneses.

No último domingo, a polícia anunciou que encontrou o corpo de uma mulher de 74 anos com graves ferimentos aparentemente causados por urso em uma zona montanhosa da cidade de Kazuno (Shimane). O ataque fatal se somou aos de outros três homens, na faixa etária de 60 anos, que foram encontrados mortos em diferentes incidentes na mesma zona e em circunstâncias similares, o primeiro deles em 21 de maio.

Mediante a isso, o ataque em Fukushima aumenta a preocupação da incomum onda de ataques mortais de ursos negros. Isso porque os quatro ataques anteriores e o de ontem pela manhã ocorreram em Shimane, província localizada a cerca de mil quilômetros de distância de Fukushima.

Alguns especialistas apontam que todos os ataques em Shimane teriam sido cometidos pelo mesmo animal. “Após ter provado a carne humana pela primeira vez, o urso pode ter aprendido que é um potencial alimento”, considerou o veterinário e assessor do governo regional Takeshi Komatsu, em entrevista à agência local “Kyodo”.

Todas as vítimas estavam em zonas florestais para buscar brotos de bambu, que fazem parte da dieta deste animal, e outras plantas comestíveis, o que levou às autoridades municipais em Shimane a recomendar aos cidadãos que evitem estas áreas onde habitam estes plantígrados.

Além disso, foram instaladas armadilhas para ursos nas zonas florestosas próximas a áreas urbanas por causa do aumento de aparições destes animais nas mesmas, até alcançar os 1.200 casos neste ano.

A maior presença de ursos negros se deve às migrações de ursos e filhotes na busca de alimentos após a superabundância de mastro da faia e outros frutos que típicos da primavera, explicou Kazuhiko Maita, diretor do instituto de Pesquisa e Proteção do Urso Asiático..

O especialista afirmou em declarações ao jornal “Yomiuri” que o maior risco de ser atacado por ursos negros adultos, que podem superar 1,5 metro de comprimento, se dá entre verão e outono, e advertiu que estes animais são especialmente agressivos na presença de seus filhotes.

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