Dois homens ficaram feridos em diferentes ataques de ursos na quarta-feira (15), ocorridos nas províncias de Shimane e Fukushima, oeste e nordeste do Japão, respectivamente. Os casos se somam aos de outros quatro ataques de urso, três homens e uma mulher, que foram encontrados mortos em diferentes incidentes em Shimane e em circunstâncias similares, o primeiro deles em 21 de maio, informou a agência de notícias ‘Kyodo’.
Um dos ataques de ontem ocorreu por volta das por volta das 7h30 locais, na cidade de Hamada (Shimane). De acordo com a polícia local, um homem de 63 anos foi atacado por um urso com cerca de 1,5 metro de altura. O ataque ocorreu enquanto o homem estava a beira de um rio local e se preparava para pescar com um amigo. Ele sofreu ferimentos no rosto e em uma das mãos, enquanto o amigo saiu ileso após fugirem do local.
O segundo ataque ocorreu por volta das 14h30 locais de ontem, em uma área montanhosa de Aizuwakamatsu, na província de Fukushima. A polícia local relatou que um homem de 66 anos fraturou o braço enquanto trabalhava nesta área montanhosa, “fazendo verificações de cabos”, disse a polícia em comunicado, acrescentando que a vítima conseguiu fugir após o ataque do urso que, segundo a vítima, tinha aproximadamente 1,5 m de altura, detalhou a agência ‘ Kyodo’.
Felizmente, os dois ataques de ontem não culminou em vítimas fatais e diferem das quatro mortes causadas por estes animais, desde 21 de maio, o que representa a metade de todos os casos deste tipo registrados na região oeste do país entre 1979 e 2015, segundo informaram na segunda-feira (13) os veículos de imprensa japoneses.
No último domingo, a polícia anunciou que encontrou o corpo de uma mulher de 74 anos com graves ferimentos aparentemente causados por urso em uma zona montanhosa da cidade de Kazuno (Shimane). O ataque fatal se somou aos de outros três homens, na faixa etária de 60 anos, que foram encontrados mortos em diferentes incidentes na mesma zona e em circunstâncias similares, o primeiro deles em 21 de maio.
Mediante a isso, o ataque em Fukushima aumenta a preocupação da incomum onda de ataques mortais de ursos negros. Isso porque os quatro ataques anteriores e o de ontem pela manhã ocorreram em Shimane, província localizada a cerca de mil quilômetros de distância de Fukushima.
Alguns especialistas apontam que todos os ataques em Shimane teriam sido cometidos pelo mesmo animal. “Após ter provado a carne humana pela primeira vez, o urso pode ter aprendido que é um potencial alimento”, considerou o veterinário e assessor do governo regional Takeshi Komatsu, em entrevista à agência local “Kyodo”.
Todas as vítimas estavam em zonas florestais para buscar brotos de bambu, que fazem parte da dieta deste animal, e outras plantas comestíveis, o que levou às autoridades municipais em Shimane a recomendar aos cidadãos que evitem estas áreas onde habitam estes plantígrados.
Além disso, foram instaladas armadilhas para ursos nas zonas florestosas próximas a áreas urbanas por causa do aumento de aparições destes animais nas mesmas, até alcançar os 1.200 casos neste ano.
A maior presença de ursos negros se deve às migrações de ursos e filhotes na busca de alimentos após a superabundância de mastro da faia e outros frutos que típicos da primavera, explicou Kazuhiko Maita, diretor do instituto de Pesquisa e Proteção do Urso Asiático..
O especialista afirmou em declarações ao jornal “Yomiuri” que o maior risco de ser atacado por ursos negros adultos, que podem superar 1,5 metro de comprimento, se dá entre verão e outono, e advertiu que estes animais são especialmente agressivos na presença de seus filhotes.
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