Do Mundo-Nipo
Autoridades do Japão estão preocupadas com o surto de uma contagiosa gripe sazonal, chamada de Influenza A H1N1 (conhecida como Gripe Suína ou Gripe A). A epidemia no país foi confirmada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão (NIID, siglas em inglês), informou a imprensa japonesa.
Segundo o relatório divulgado pelo NIID, a epidemia já se espalhou por praticamente todo o Japão, com inúmeros casos registrados em 44 das 47 províncias existentes no país, de acordo com a emissora NHK.
O número de pessoas infectadas somente no decorrer da semana passada, que terminou no último domingo, é alarmante. Em todo o país, foram registrados 6.824 de novos casos de influenza durante esse período, um número 1,7 vezes maior que o registrado na semana anterior.
De todos os infectados nas províncias afetadas, as autoridades de saúde apontam que 60% dos casos foram por influenza do tipo A proveniente de Hong Kong.
Especialistas estimam que o número de infectados por influenza continue a aumentar e atingir o pico em meados de janeiro.
Sobre o vírus da influenza
A Influenza A H1N1 (comumente conhecida como Gripe Suína ou Gripe A ) é uma gripe pandêmica que atualmente está acometendo a população de inúmeros países. A doença é causada pelo vírus influenza A H1N1, o qual representa o rearranjo quádruplo de cepas de influenza (02 suínas, 01 aviária e 01 humana).
A gripe foi inicialmente detectada no México no final de março de 2009 e desde então se alastrou por diversos países. Desde junho de 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o nível de alerta de pandemia para fase 6, indicando ampla transmissão em pelo menos dois continentes.
Progressão, sintomas e tratamento
Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores no corpo, tosse, coriza, dores de garganta e dificuldades respiratórias. Esse novo surto, aparentemente, também pode causar diarreia e vômitos.
De acordo com a OMS, os medicamentos antivirais oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1.
Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença. Além disto, deve-se evitar o contato das mãos com olhos, nariz e boca depois de tocar em superfícies, usar lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados e ter hábitos saudáveis como hidratação corporal, alimentação equilibrada e atividade física. Caso ocorra a contaminação, o paciente deve evitar sair de casa até cinco dias após o início dos sintomas, pois este é o período de transmissão da gripe A.
Durante um período de epidemia, é aconselhável evitar abraços, apertos de mãos ou qualquer outro tipo de contato físico para impedir a dispersão do vírus.
Grupos de risco
Desde que as mortes em decorrência da gripe suína foram identificadas, alguns grupos de risco foram observados. São eles:
- Gestantes
- Idosos (maiores de 65 anos) – neste grupo existe uma situação especial, pois os idosos tem sistema imunológico baixo.
- Crianças (menores de 2 anos)
- Doentes crônicos
- Problemas cardiovasculares, exceto hipertensos
- Asmáticos
- Portadores de doença obstrutiva crônica
- Problemas hepáticos e renais
- Doenças metabólicas
- Doenças que afetam o sistema imunológico
- Obesos
As informações são da emissora pública NHK, da OMS e do NIID.
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