BC do Japão prevê inflação de 2% no ano fiscal de 2025

Se a previsão provisória estiver correta, a meta de inflação de 2% será alcançada em apenas três anos desde que Kazuo Ueda se tornou presidente do BC japonês.
Sede do Banco do Japão | ©Yuya Shino
©Yuya Shino

O Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês) está considerando uma projeção para a alta dos preços ao consumidor de cerca de 2% no ano fiscal de 2025, informou a Kyodo News nesta terça-feira (18) citando fontes ligadas ao BOJ, acrescentando que a projeção é a pauta do próximo relatório de perspectivas de preços da autoridade monetária, a ser divulgado após uma reunião de definição de políticas no final deste mês.

Se a previsão provisória estiver correta, o BOJ verá sua meta de inflação de 2% alcançada cerca de três anos depois que Kazuo Ueda se tornou presidente do BC japonês. A reunião de definição de políticas, prevista para durar dois dias e a primeira sob a nova liderança, acontecerá a partir de 27 de abril.

O principal índice de preços ao consumidor do Japão, que exclui os preços voláteis de alimentos frescos, permaneceu acima de 2% por quase um ano, mas o banco central considera que sua meta de inflação ainda não foi alcançada de forma estável porque a maioria dos ganhos observados é atribuído aos efeitos temporários de custos de importação mais altos, enquanto a meta de inflação estável tem como base principal uma “demanda doméstica fortemente constante”.

O BOJ também considera um crescimento salarial mais robusto como vital para atingir a meta de inflação, algo que o antecessor de Ueda, Haruhiko Kuroda, não conseguiu durante seu mandato de 10 anos, encerrado no início deste mês.

No último relatório de perspectivas divulgado em janeiro, o banco central japonês esperava que os preços ao consumidor subissem 1,6% no ano fiscal de 2023 a partir de abril, seguido de 1,8% no ano fiscal de 2024.

Os mercados financeiros esperam que o BOJ faça mudanças em algum ponto em seu programa para manter os custos de empréstimos baixos para empresas e famílias. Atualmente, o órgão define as taxas de juros de curto prazo em menos 0,1% e orienta os rendimentos dos títulos do governo japonês de 10 anos para cerca de zero por cento.

Ueda sublinhou a necessidade de manter sua política de flexibilização monetária, já que o Japão provavelmente verá sua taxa de inflação abaixo da meta do BOJ no ano fiscal de 2023.

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Durante sua coletiva de imprensa inaugural após assumir o cargo em 9 de abril, Ueda apontou para “bons” sinais de tendência de aceleração da inflação e aceleração do crescimento salarial, dizendo que existe a possibilidade de que a meta de inflação possa ser alcançada de forma estável e sustentável.

= Mundo-Nipo (MN)

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