Do Mundo-Nipo
A balança comercial do Japão registrou déficit comercial de 808,9 bilhões de ienes em abril, refletindo uma queda de 7,8% ante ao mesmo período do ano anterior, que foi de 877,4 bilhões de ienes, mostraram dados do governo nesta quarta-feira (21), indicando que o país assinala o vigésimo segundo mês consecutivo no vermelho.
As exportações no quarto mês do ano tiveram um aumento de 5,1% ante o mesmo mês do ano anterior, para 6,07 trilhões de ienes, enquanto as importações expandiram 3,4 %, para 6,88 trilhões de ienes, informou o Ministério das Finanças em um relatório preliminar. Os dados são medidos em uma base alfandegária.
“As importações caíram em uma gama de produtos. A queda nas importações de petróleo bruto foi particularmente grande”, disse o economista Masahiko Hashimoto, da Daiwa Institute of Research.
Hashimoto acrescentou que o Japão está susceptível a ter uma “tendência de redução” em seu déficit comercial.
As compras de gás natural mantiveram-se elevadas, já que o Japão é pobre em recursos naturais e está envolvido em disputas com governos locais para reiniciar suas centrais nucleares, desligadas após a crise de Fukushima em 2011 e que forneciam um terço de toda energia consumida no país.
A queda do iene, desde o final de 2012, contribuiu para aumentar as contas de importação. Entretanto, as compras de petróleo bruto do mês passado caíram 11,2% após cravar altas elevadas nos meses que antecederam ao aumento do imposto de vendas, de 5% para 8%, que entrou em vigor no dia 1º de abril deste ano, início do ano fiscal no país.
Os dados econômicos recentes do Japão são voláteis, uma vez que o aumento de impostos tem influenciado, desviando os resultados.
As questões envolvendo o plano econômico do primeiro-ministro Shinzo Abe ainda permanecem sob os olhares atentos de governos de todo o mundo.
Enquanto os movimentos do plano deu início a uma forte queda do iene – dando uma carona para a rentabilidade dos exportadores e uma recuperação do mercado acionário no ano passado – os críticos dizem que Abe ainda tem de realizar mais reformas estruturais na economia, como assinar acordos de livre comércio, bem como dinamizar o mercado de trabalho, incentivando empresas a contratar mais trabalhadores do sexo feminino, dando-lhe também mais poderes em cargos públicos e políticos do país, que são os mais escassos de mulheres entre as economias desenvolvidas.
(Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo e mídia internacional)
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