Do Mundo-Nipo
O Comitê Organizador da Olimpíada e Paraolimpíada de Tóquio em 2020 aprovou o novo plano de diretrizes para a construção do polêmico estádio que será o palco principal das olimpíadas na capital japonesa. No plano, no entanto, não consta informações sobre o custo do empreendimento, mas os organizadores prometeram gastar o mínimo possível e concluir a obra em março de 2020, um ano depois do previsto.
Japão decidiu descartar o projeto inicial do estádio olímpico em função da insatisfação da opinião pública diante do custo exorbitante de aproximadamente US$ 2,1 bilhões, quase o dobro da estimativa inicial. Após o final dos Jogos, uma empresa privada será responsável pelo gerenciamento do local.
“Vamos construir uma estrutura para emocionar as pessoas em todo o mundo. Evidentemente, manter os custos baixos é uma prioridade e devemos elaborar o projeto melhor e mais realista possível”, declarou Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, na última sexta-feira..
A apresentação das estimativas de custo deve ser feita em setembro e o início da construção está previsto para, no máximo, o começo de 2017. O Estádio Olímpico receberá as competições de rúgbi, atletismo e futebol durante os Jogos de Tóquio 2020.
Polêmica gerada sobre os custos do estádio
O projeto arquitetônico único do estádio era um dos atrativos da candidatura de Tóquio. Mas Shinzo Abe decidiu cancelar o plano em meio a uma polêmica sobre o aumento nos custos da construção.
O orçamento para a construção do estádio, avaliado em US$ 2,1 bilhões, cerca de R$ 6,6 bilhões, havia sido aprovado na primeira semana de julho pelo Conselho Esportivo do Japão, um valor quase três vezes maior do que previsto inicialmente, orçado em US$ 730 milhões (R$ 2,31 bilhões). A indignação pública diante dos altos valores das obras provocou a reação de Shinzo Abe.
No dia 17 de julho, Abe, anunciou o cancelamento da construção. “Estamos abandonando os nossos planos para o estádio e vamos começar do zero”, disse o premiê japonês à imprensa local após uma reunião com Toshiaki Endo, ministro das Olimpíadas de Tóquio, e Hakubun Shimomura, ministro da educação do país.
O comitê organizador dos Jogos de Tóquio já havia feito uma tentativa de reduzir os custos do projeto através da retirada de dois arcos no topo do estádio no projeto original da arquiteta iraquiana Zaha Hadid. Após os Jogos Olímpicos, a ideia seria instalar um teto retrátil.
A construção do Estádio Olímpico, que seria iniciada em outubro deste ano, deveria ficar pronta até maio de 2019, quando o lugar iria receber os jogos da Copa do Mundo de rúgbi.
Com isso, o chefe do Comitê Organizador de Tóquio em 2020, Yoshiro Mori, pediu desculpas a membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) pela decisão de mudar o projeto para a construção do controverso estádio.
“Não iremos conseguir construir o Estádio olímpico a tempo para a competição (Copa do Mundo de rúgbi). Mas o governo continua comprometido com a disputa”, afirmou Abe.
Nos documentos da candidatura da capital japonesa, o Estádio Olímpico tinha seu custo orçado em 130 bilhões de ienes, quase R$ 3,28 bilhões. O projeto de Zaha Hadid, no entanto, recebeu duras críticas de profissionais do ramo desde sua divulgação, com o design sendo comparado de forma negativa a um capacete de ciclismo.
Fontes: Gazeta Esportiva | Agência Kyodo.
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