A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, levou a bandeira Paralímpica para o Japão, após ter recebido o símbolo esportivo no domingo (18), durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, que teve lugar no Estádio do Maracanã.
A festa de encerramento foi marcada por chuva e teve um tom menos protocolar, mais musical e informal. O evento de despedida dos Jogos Rio 2016, iniciado pela Olimpíada e finalizado com a Paralimpíada, deu a impressão de uma festa preparada para agradar público e atletas, com simplicidade e objetividade.
O público compareceu em peso e viu um grande show musical, que começou com heavy metal, passou pelo maracatu da Nação Zumbi, MPB, chegando ao funk carioca e ao axé. Os números musicais foram intercalados pelas partes protocolares, como entrega da bandeira do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) a Tóquio e os discursos das autoridades.
A festa contou com vários cantores e dançarinos, alguns com deficiência física, que tomaram conta do palco na cerimônia, enquanto atletas e representantes de delegações caminharam no estádio com bandeiras nacionais.
A bandeira do Japão foi conduzida pela tenista Yui Kamiji, que é cadeirante. A atleta paralímpica conquistou uma medalha de bronze nos Jogos.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entregou a bandeira paralímpica ao presidente do Comitê Internacional Paralímpico, Philip Craven. Pouco depois, Craven a repassou para a governadora de Tóquio, que estva no Rio desde a última quinta-feira.
Em seguida, modelos e dançarinos e dançarinas do Japão, alguns com próteses, dançaram em frente a imagens de Tóquio para promover a Paralimpíada de 2020, que vai acontecer na capital japonesa.
A festa de encerramento também teve um minuto de silêncio em homenagem a um ciclista iraniano que morreu no sábado após um acidente em uma prova de estrada.
No ato final, Craven anunciou oficialmente o término dos Jogos e a chama paralímpica foi apagada por trezentas crianças que seguravam cada uma um “cata-vento”, ao som de A Paz, de Gilberto Gil, cantada por Ivete Sangalo.
A chama se apagou, colocando um ponto final em uma celebração única da vida e do esporte em solo brasileiro. O evento de 12 dias mostrou novos esportes paralímpicos ao brasileiro e, sobretudo, mostrou os brasileiros ao mundo. Agora, a chama só será acesa na capital do Japão, nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Medalhas e recordes
Mais de 200 recordes mundiais foram estabelecidos, indicando uma elevação acentuada da competitividade entre os atletas paraolímpicos.
O Japão ficou em 62º lugar no quadro geral de medalhas, com os atletas japoneses conquistando 24 medalhas: 10 de prata e 14 de bronze, mas nenhum ouro.
O número de medalhas do Japão aumentou em oito em relação aos Jogos de Londres 2012, mas foi a primeira vez que o país não conseguiu ganhar uma medalha de ouro desde a Paraolimpíada nos Jogos de 1964, em Tóquio.
A falta de ouro representa um desafio significativo para o Japão quatro anos antes de sediar os Jogos de 2020.
Enquanto isso, o Brasil nunca conquistou tantas medalhas em uma paralimpíada. Os atletas brasileiros faturaram 72 medalhas, incluindo 14 de ouro, o que colocou o Brasil na 8ª posição no quadro geral.
A China ficou em primeiro lugar, com 239 medalhas: 107 de ouro, 81 de prata e 51 de bronze. Em seguida, aparecem Grã-Bretanha (147 medalhas), Ucrânia (117 medalhas), Estados Unidos (115 medalhas) e Austrália (81 medalhas).
Fontes: Agência Kyodo | Agência Brasil | NHK News Japan.
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