Governo de Tóquio vai ajudar nos custos de instalações olímpicas

Mas os governos municipais seguem rejeitando a proposta de arcar com parte dos gastos de Tóquio 2020.
Yuriko Koike Foto Kyodo 02092016
Yuriko Koike (Foto: Kyodo)

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, afirmou que o Governo Metropolitano vai ajudar com os gastos relacionados a instalações temporárias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020 na capital japonesa, contrariando os governos municipais, que seguem rejeitando a proposta de arcar com parte dos custos.

A princípio, o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio 2020 indicava que arcaria com a totalidade dos gastos das instalações temporárias, mas mudou de ideia após relatórios mostrarem que os custos exorbitantes com a organização do evento ultrapassariam o inicialmente estimado.

Mediante isso, Koike pediu para que os organizadores refizessem os cálculos com base em custos menores para poupar o dinheiro dos contribuintes. O novo cálculo, divulgado em dezembro passado, indica que os custos podem chegar a 1,8 trilhão de ienes.

Em anúncio feito nesta quarta-feira (22), durante a abertura de uma sessão do plenário da Assembleia Metropolitana, a governadora disse que instruiu os governos locais a lidarem seriamente com a questão, “orientando para que não rejeitem a ideia de pagar parte das instalações, sejam elas montadas em Tóquio ou em províncias adjacentes”.

Líderes de governos municipais rejeitam arcar com gastos de Tóquio 2020
Em 26 de dezembro de 2016, diversos líderes municipais dos entornos da cidade-sede enviaram uma carta pedindo para não serem responsabilizados pelos gastos com os preparos para as Olimpíadas.

Na carta enviada à Yoshiro Mori, presidente do Comitê Olímpico Organizador dos Jogos de 2020, e a governadora de Tóquio, seis prefeituras menores e quatro cidades importantes nos arredores da capital pediram que a política adotada em 2013 fosse mantida. Na época, ficou acordado que o Comitê cobriria os gastos para a construção das instalações, sem respingos nos governos locais.

Em abril de 2016, o Comitê Organizador e a Assembleia Metropolitana de Tóquio chegaram a um acordo para a revisão desta política. Nesta revisão, foi proposto à governadora Koike em setembro que os municípios vizinhos, que também receberão as Olimpíadas, custeiem a construção das instalações temporárias fora de Tóquio.

Mas em dezembro passado, o Comitê afirmou que os custos dos Jogos Olímpicos estariam estimados entre 1,6 e 1,8 trilhões de ienes, cerca de R$ 43,2 e R$ 48,3 bilhões atuais, sendo que apenas cerca de R$ 14 bilhões seriam bancados pelo próprio Comitê, deixando aos governos locais o restante da conta.

Jogos de Tóquio 2020 terão medalhas feitas com metal reciclado doado
Como parte dos esforços para promover a sustentabilidade e poupar gastos, o comitê organizador anunciou no mês passado que as medalhas para o evento esportivo serão produzidas com metal reciclado de celulares e eletrodomésticos velhos. Segundo o comitê, o material será doado por pessoas que desejam se sentir diretamente envolvidas com os Jogos.

Fontes: Agência Kyodo | Agência Reuters | NHK News Japan.


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