Japão retira candidatura para sediar Mundial Feminino de futebol em 2023

A retirada dos japoneses facilitará a candidatura conjunta de Austrália e Nova Zelândia, que recebeu a nota mais alta nos critérios da Fifa.
Seleção japonesa de futebol feminino Foto Kyodo 22062020 compressed
©Arquivo/Kyodo

A Associação Japonesa de Futebol (JFA, na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira que retirou a sua candidatura para sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023, o que abre caminho à vitória da proposta conjunta de Austrália e Nova Zelândia, que agora só tem a Colômbia como adversária da eleição da Fifa que acontecerá de forma virtual na próxima quinta-feira.

“Decidimos retirar a nossa candidatura à organização do Mundial Feminino de 2023. Não poderia estar mais desiludido por ter sido forçado a tomar esta difícil decisão”, revelou o presidente da federação japonesa, Kozo Tashima, através de uma entrevista por videoconferência.

A retirada dos japoneses da corrida deverá facilitar a atribuição da organização do torneio à candidatura conjunta de Austrália e Nova Zelândia, que recebeu a nota mais alta nos critérios de avaliação da Fifa, com 4,1 pontos (em um total de cinco), à frente do Japão (3,9) e da Colômbia (2,8).

Embora a oferta japonesa tenha sido elogiada pela qualidade de sua infraestrutura e viabilidade comercial, a Fifa também observou que sua janela preferida de julho a agosto correspondia à parte mais quente do verão no Japão.

A vai anunciar nesta quinta-feira o país organizador do Mundial Feminino de 2023, em um momento no qual as principais competições esportivas estão sendo muito afetadas pela pandemia do novo coronavírus.

Retirada do Brasil

Fora da disputa por não ter recebido as garantias do governo federal, uma das exigências da Fifa, a CBF anunciou no último dia 8 a desistência de sua candidatura e revelou que passará a apoiar a Colômbia.

“A CBF decidiu retirar a candidatura brasileira e apoiar a Colômbia na disputa para a sede da Copa do Mundo Feminina 2023. Desta forma, a Conmebol se apresenta com uma candidatura única, aumentando as chances sul-americanas na votação, além de reforçar a unidade que marca a atual gestão da entidade”, disse.

O órgão também lembrou que o Brasil tem recebido vários eventos esportivos nos últimos anos – como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio-2016 -, avaliando que isso diminuiria as suas chances de ser escolhido para sediar a próxima edição do Mundial Feminino.

Nova Liga de Futebol Feminino no Japão

A WE League profissional está prevista para começar em 2021, substituindo a Liga Nadeshiko (como são chamadas as jogadoras japonesas) como a principal categoria do futebol feminino de clubes no Japão.

“O Japão precisa sediar a Copa do Mundo em algum momento no futuro”, disse Tashima. “Acho que essa decisão não impedirá o desenvolvimento do esporte (no país)”, concluiu.

A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023 contará com 32 equipes. O Japão jogou em todos os oito torneios desde o evento inaugural em 1991 e venceu a edição de 2011 na Alemanha.

Mundo-Nipo (MN)
Fontes: Jornal Estadão Esportes | Kyodo News Sports.

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