Do Mundo-Nipo
As agências reguladoras de energia nuclear expressaram forte preocupação em relação ao atraso no plano da Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco, na sigla em inglês) para congelar a água altamente contaminada no subsolo do complexo nuclear Fukushima Daiichi, em meio a temores de que a água já tenha fluido para o oceano.
O plano é parte da construção de uma enorme parede de gelo subterrânea em torno de quatro prédios dos reatores, uma medida que supostamente poderá resolver o acúmulo de água contaminada no complexo.
De acordo com o audacioso projeto, que é financiado pelo governo, 1.550 tubos seriam profundamente inseridos no subsolo no entorno das instalações, o que resultaria em uma gigantesca parede de gelo que terá 1,5 km de canalizações preenchidas com líquido refrigerado.
Com isso, os reatores danificados pelo terremoto de 2011 seriam isolados, o que supostamente também impediria que a água subterrânea, considerada limpa, flua para as dependências e se misture com a água altamente contaminada que, por sua vez, se acumulada nas dependências das instalações que abrigam os reatores que servem para resfriar os mesmos.
Entretanto, a operadora enfrentou problemas nas instalações dos tubos, e o processo de congelamento do solo tem sofrido atrasos. De acordo com a Tepco, cerca de 11.000 toneladas de água altamente radioativa fluiu para o subsolo através dos reatores nº 2 e 3, o que tem gerado preocupação de autoridades de reguladores nucleares, principalmente a Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA, na sigla em inglês), que exigiu da Tepco relatórios detalhado referente ao vazamento e a causa do atraso quanto ao processo de congelamento da água contaminada.
(Com informações da NHK News e Agência Kyodo)
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