Do Mundo-Nipo
Algumas empresas em Tóquio estão tomando medidas preventivas contra um possível terremoto na capital, informou nesta-quinta-feira (23) a imprensa japonesa.
A Câmara de Comércio e Indústria de Tóquio realizou, nesta quinta-feira, um seminário sobre gestão de desastres, onde cerca de 550 funcionários da empresa responsável pela gestão de crises compareceram, de acordo com a NHK News.
O evento acontece após um painel formado pelo governo, em dezembro, lançar uma nova estimativa de danos em caso de um terremoto em Tóquio. A estimativa é que aproximadamente 23 mil pessoas podem morrer em consequência de danos prováveis em caso de um poderoso terremoto com epicentro abaixo de Tóquio.
O painel também informou sobre um terremoto, de proporções catastróficas, previsto para acontecer a qualquer momento, no prazo máximo de 10 anos.
Ainda de acordo com a NHK, um especialista de uma empresa de consultoria de gestão de crise disse que a estimativa sugere que o fornecimento de energia elétrica na cidade poderia cair pela metade logo após um suposto terremoto.
Segundo a agência Kyodo, o especialista acrescentou que as empresas devem estudar medidas de economia de energia com antecedência, incluindo manutenção de geradores internos e implementação de energia solar, o que ajudará a se manterem durante e após um desastre.
Um representante do governo de Tóquio pediu às empresas para que estoquem suprimentos como água e alimentos, necessários aos seus funcionários e suficientes para durar por cerca de três dias. A ação, segundo o representante, é necessária para manter os trabalhadores dentro das empresas após um terremoto, já que em uma situação catastrófica, as estradas ficam perigosas, além de congestionada por pessoas tentando retornar as suas casas, de acordo com a Kyodo.
Estudo revela que aumentou a área de risco de grandes terremotos no Japão:
Um estudo recente, realizado por especialistas do governo japonês responsável em investigar terremotos, revelou que a área de risco onde podem ocorrer tremores acima de 6 graus (na escala japonesa que vai até 7) aumentou significativamente.
O estudo apontou que as três maiores cidades do arquipélago japonês têm riscos menores: 53% em Osaka (capital da província de mesmo nome), 42% em Nagoya (capital da província de Aichi) e 26% em Tóquio. A capital japonesa, no entanto, é considerada uma área crítica porque fica sobre falhas subterrâneas.
Segundo o governo, o estudo, divulgado em dezembro passado, não tem a intenção de alarmar a população. Os dados servem para que as autoridades regionais adotem medidas apropriadas de prevenção contra desastres naturais.
No final de dezembro, a Agência Meteorológica do Japão divulgou seu relatório anual sobre incidência de terremotos, informando que ocorreu mais de 2.300 terremotos perceptíveis no Japão durante o ano de 2013.
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