A Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) advertiu que as precipitações prosseguirão caindo em níveis elevados no leste e nordeste do arquipélago japonês, onde 15 pessoas permanecem desaparecidas por causa das graves inundações que atingem estas regiões desde a quinta-feira, informou neste domingo (13) a Agência Kyodo.
Equipes de emergência prosseguiram hoje com as operações de busca por 16 pessoas que permanecem desaparecidas devido às inundações. Segundo autoridades locais, pelo menos sete pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas por causa das inundações.
As áreas mais atingidas foram as províncias de Ibaraki, no leste, e Miyagi, no nordeste, onde as precipitações atingiram níveis recordes, causando o transbordamento de dois rios e a inundação de grandes áreas habitadas.
As fortes chuvas que atingiram a cidade de Joso, em Ibaraki, causaram na quinta-feira o transbordamento do rio Kinugawa, que inundou uma área residencial. Nesta área, muitas edificações ficaram submersas, enquanto algumas casas foram arrastadas pela enchente. Centenas de pessoas ficaram presas em suas residências e muitas se viram obrigadas a subir no telhado à espera de resgate à medida que o nível da água aumentava.
Cerca de 40 quilômetros quadrados desta cidade continuam hoje alagados, o que mantêm evacuados mais de 3.000 residentes do total de 65 mil habitantes de Joso, segundo os últimos dados divulgados pelas autoridades locais e noticiados neste domingo pela “Kyodo”.
Na sexta-feira, as precipitações sem precedentes também causaram a cheia do rio Shibui, na cidade de Osaki, em Miyagi, província no nordeste do Japão. Equipes de resgate de emergência tiveram dificuldades para chegar até as pessoas retidas em uma ampla área residencial que ficou inundada. Pelo menos 100 construções foram invadidas pelas cheias e algumas chegaram a ficar submersas.
Ainda de acordo com a “Kyodo”, as inundações também causaram graves danos materiais nas infraestruturas de telecomunicações e nas provisões de água potável e de eletricidade, o que deixou sem estes serviços básicos 12 mil casas da região.
Neste domingo, cerca de 1.800 policiais, bombeiros e membros das Forças de Autodefesa (exército) retomaram as operações de busca em Joso, interrompida ontem à noite.
Pela manhã, a busca pelos desaparecidos teve início com helicópteros do corpo de bombeiro e do exército, que sobrevoaram as áreas inundadas. Enquanto isso, a equipe terrestre utilizou botes e lanchas para percorrer essas áreas. Eles estão entrando nas casas semi-inundadas na esperança de achar “sobreviventes”, informou a emissora pública “NHK”.
Entre sexta-feira e sábado, cerca de 250 pessoas que permaneciam presas em suas residências foram resgatadas nas áreas inundadas em Osaki. Enquanto isso, em Joso, mais de 180 pessoas continuavam ilhadas em suas casas até o sábado, relataram as autoridades locais à “Kyodo”.
Além das operações de resgates, estão sendo realizados trabalhos de drenagem e de reconstrução dos diques dos rios Kinugawa e Shibui, que devem ser concluídos neste domingo, conforme noticiou a agência japonesa.
A Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) manteve a ordem de evacuação para vastas áreas no leste e no nordeste do país. O órgão também intensificou o alerta máximo e advertiu que as precipitações prosseguirão nestas regiões no decorrer da semana.
Tufão Etau
O tempo ruim no Japão foi causado pela passagem do poderoso tufão Etau, que chegou ao arquipélago japonês na última quarta-feira. Mesmo deslocando-se para o Mar do Japão desde a sexta-feira, os efeitos deixados pelo fenômeno provocaram fortes chuvas, inundações e deslizamentos de terra em várias áreas do centro, do leste e do nordeste do arquipélago.
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