Atualizado em 20/05/2022
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse que irá conceder US$ 300 milhões adicionais em assistência financeira à Ucrânia, país que enfrenta grave crise econômica em razão da invasão militar russa em seu território.
“Recebemos pedidos de apoio de fundos de curto prazo do lado ucraniano, pois a situação fiscal se deteriorou devido à invasão da Rússia”, disse Kishida a repórteres em Tóquio na quinta-feira (19).
“Como membro do G7 e da comunidade internacional, o Japão deve responder a essas necessidades”, acrescentou, conforme noticiou a Kyodo News.
Em abril passado, Kishida já havia anunciado que iria disponibilizar US$ 300 milhões em ajuda, prometendo ainda que aumentaria os empréstimos. Com o anúncio de hoje, a ajuda financeira adicional eleva o total para US$ 600 milhões.
Dos US$ 300 milhões iniciais, o Japão assinou um acordo de empréstimo de 13 bilhões de ienes (US$ 100 milhões) com a Ucrânia na última segunda-feira (16).
Desde o início da invasão comandada por Vladimir Putin, no final de fevereiro, o Japão vem intensificando as sanções contra a Rússia e a ajuda à Ucrânia junto com outros países, incluindo membros do G7, grupo que reúne as principais nações desenvolvidas.
Kishida também disse que pretende enfatizar o plano do Japão em ajudar ainda mais a Ucrânia quando se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Tóquio, na próxima segunda-feira (23), e quando sediar uma cúpula do grupo Quad, incluindo Austrália e Índia, no dia seguinte.
Como a guerra na Ucrânia levantou preocupações de que uma situação semelhante possa surgir na Ásia, onde as incursões da China ao território japonês têm se intensificado, o Japão vem procurando mostrar uma posição resoluta contra a Rússia, segundo informou a Kyodo, citando autoridades do governo como fonte.
== Mundo-Nipo (MN)
Fonte: Kyodo