Líderes de Japão e Coreia do Sul querem que chancelaria se reúnam regularmente

O pedido é um sinal de que os esforços para melhorar as relações tensas entre os dois países estão surtindo efeitos.

Do Mundo-Nipo com Agências – Atualizado às 16:00


 

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, concordaram que diplomatas da chancelaria de seus países devem manter conversações regularmente, em sinal de que os esforços para melhorar as relações tensas por uma disputa territorial e diferentes percepções da história, principalmente as questões envolvendo o militarismo japonês durante a Segunda Guerra Mundial, estão surtindo efeitos positivos, informou nesta terça-feira a imprensa japonesa.

Os líderes trocaram pontos de vista sobre uma série de questões enquanto sentavam próximos um do outro no jantar de recepção da cúpula da Apec em Pequim, na segunda-feira (10).

De acordo com a emissora pública ‘NHK, Abe e Park disseram que a chancelaria dos países vizinhos deveriam se reunir todos os meses conforme fora previamente acordado.

O bom entendimento acontece menos de um mês após a presidente sul-coreana instar o Japão à tomar “medidas aceitáveis” para resolver as questões pendentes envolvendo as mulheres coreanas forçadas a trabalhar em bordéis militares japoneses durante a guerra, conforme noticiou a Agência Kyodo.

No final de outubro, Park afirmou que a questão pendente envolvendo as chamadas “mulheres de conforto” é a mais importante para que a Coreia do Sul “pondere sobre um novo começo das relações bilaterais com o Japão”, conforme citou o comunicado do gabinete e divulgado pela Kyodo no dia 25 do mês passado.

Em setembro, durante um encontro de países em Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Park já havia pedido por uma decisão de Tóquio sobre a questão.

“O que queremos ver é um pedido de desculpas a essas vítimas (mulheres de conforto), bem como uma decisão corajosa por parte da liderança política japonesa de tomar medidas para restaurar inteiramente a honra destas mulheres de conforto que foram vítimas. E fazer isso, eu diria, oferece uma breve rota para aliviar as tensões no nosso relacionamento”, disse Park durante seu discurso na ONU.

Por sua vez, o governo japonês vem afirmando que concorda com o pedido de desculpas de 1993, que reconhecia o envolvimento das autoridades japonesas em coagir as mulheres, mas que não havia provas documentais diretas de que os oficiais militares ou o governo do país estavam diretamente envolvidos nos sequestros de mulheres para trabalhar como escravas sexuais durante a guerra.

 


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